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Rafael Luciano e Guilherme Pallaoro, sócios da Lilibox: mentoria ajuda a dar “tiro certo” | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Rafael Luciano e Guilherme Pallaoro, sócios da Lilibox: mentoria ajuda a dar “tiro certo”| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

No processo de criação de uma empresa, é preciso definir as estratégias que serão tomadas para inserir seu produto no mercado e garantir o seu desenvolvimento. Nesse caminho, os empreendedores podem contar com a ajuda de pessoas que vão orientá-los com respostas que só a experiência traz. Esse é o papel dos mentores. A proposta de um programa de mentoria é fornecer caminhos para que os iniciantes consigam atingir seus objetivos e enfrentar as dificuldades que eles têm naquele momento.

Fábio Arazaki é responsável por criar novos negócios Gobee, empresa de tecnologia e também atua como mentor de startups na área. Ele conta que procura em suas experiências as técnicas que pode passar para ajudar quem está se arriscando em um negócio que exige um perfil profissional diferente. “As pessoas foram formadas para desempenhar uma atividade como funcionários. Ao assumir a postura de empreendedor, se deparam com uma realidade para a qual não foi preparado”.

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Esse preparo deve ser feito tomando o cuidado com as duas partes de um negócio: a ideia (startup) e quem a executa (o profissional). Por isso, existe mentoria tanto para startup, quanto para o empreendedor. Se o foco do processo for para a startup, mentor e mentorado trabalham juntos para analisar em qual estágio ela está, definem requisitos para as fases do projeto e vão batendo cada um deles. Quando o atendimento estiver focado no empresário, ele vai trabalhar para desenvolver características pessoais, como explica Erica Marques, mentora na Logos BR. “Às vezes ele é super visionário, mas não consegue trabalhar em equipe. Isso não dá certo, porque ele vai pegar todas as ações para ele e o produto não desenvolve, mesmo a ideia sendo boa”, comenta.

O acompanhamento dos mentores também ajuda a fazer projeções para a empresa. Para isso, Marques aconselha que os prazos definidos sejam curtos, para que as etapas, mesmo que sejam pequenas, sejam cumpridas rapidamente. “Assim ele se movimenta, para de idealizar. O ideal é ser bom para depois focar em se tornar ótimo.”

A relação entre mentor e mentorado é de confiança e admiração, como relata Ricardo Dória, mentor e coordenador do Epifania, programa de desenvolvimento de startups realizado pelo Sebrae. Ele explica que o mentor é alguém que está livre para discutir um certo assunto com quem está desenvolvendo um projeto, no campo profissional ou pessoal. “A dica é escolher uma pessoa importante para você, porque você vai querer impressionar ela, vai se empenhar muito para isso.”

Fator de sucesso

A empresa Lilibox, que venceu o concurso Elevator Pitch, promovido pela Gazeta do Povo, está agora passando por um processo de mentoria. Além de Dória, que também é fundador da Aldeia Coworking, são mentores da startup os gerentes e diretores do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), do Grupo Boticário, da Quantum, da Fleety, da FAE e da Itaipu Binacional.

Para Rafael Luciano, sócio da Lilibox, a mentoria ajudar a aplicar as noções de empreendedorismo sem perder a identidade do seu negócio. “São conselhos consolidados ou que já deram certo em outras empresas. É diferente do que ler, pesquisar sobre ideias legais que funcionaram em outros formatos. É um tiro certo”, avalia. Ele conta que a ajuda de alguém que é referência ajuda a ser assertivo no processo de tentativa e erro, natural em uma empresa iniciante.

Dória comenta que Luciano e seu sócio, Guilherme Pallaoro, têm as características de um bom mentorado: sabem ouvir e mostram um interesse genuíno em evoluir. “Isso é fator de sucesso”. Ele também ressalta a importância da mentoria em um tempo em que a agilidade dita a ascensão de um negócio. “Quem pega uma mentoria economiza uns dez, vinte anos de experiência, porque esse é o tempo que o seu mentor tem. Ele já passou pelo que você está passando e sabe o que funciona bem.”

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