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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Com mais de 50 anos de mercado e vista como um sinônimo de lavadoras de alta pressão, a paranaense Wap quer rejuvenescer a imagem da marca. A empresa, com sede em São José dos Pinhais, vem passando por um processo de transformação na gestão e produção que visa garantir a sustentabilidade do negócio para as próximas décadas. O objetivo é que a marca deixe de ser associada somente a produtos para profissionais e pessoas mais velhas e passe a atrair também os mais jovens.

A principal mudança foi a ampliação do portfólio de produtos. Além das lavadoras, a fábrica passou a produzir aspiradores, extratoras, limpadoras de piso, climatizadores, ventiladores e vaporizadores. Os produtos são distribuídos para varejistas e lojistas especializados de todo o Brasil e de parte da América do Sul. Somente no país, são mais de quatro milhões de residências com itens da marca.

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Apesar de o carro-chefe continuar sendo as lavadoras de alta pressão, a ampliação do leque de produtos foi fundamental para atingir novos públicos e entrar em novos mercados. “A Wap já não é mais novidade no mercado. Precisamos estar mais modernos e acessíveis para alcançar todos os públicos. O que não significa que vamos abandonar nosso público antigo”, diz Bruna Hadad, diretora administrativo-financeira da empresa.

A ampliação do portfólio de produtos começou quando a Wap foi para a região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Desde 2010, a empresa tem uma fábrica no local responsável pela fabricação de ventiladores e distribuição dos demais produtos. É a primeira unidade fora do Paraná, onde a empresa está presente há mais de 40 anos.

Gestão

No Paraná, a Wap passou por uma série de mudanças na gestão. A alternância mais recente aconteceu em 2006, quando a marca, fundada na Alemanha em 1957, foi adquirida por um grupo local e passou a ser controlada pela Lexys Holding.

“A Wap tem a imagem de uma marca antiga. Queremos dar uma renovada e se aproximar do público jovem”, afirma o coordenador de desenvolvimento de produto e marketing, Diego Mafioletti.

Um estudo de branding também foi conduzido nos últimos dois anos para ajudar a alcançar o objetivo de rejuvenescimento. Entre as mudanças implementadas estão o arredondamento da logo e a exclusão da palavra profissional que acompanhava o nome Wap. “São mudanças simples, mas que impactam na imagem que queremos passar”, explica Bruna.

Nova sede

E para completar o ciclo de mudanças, a indústria inaugurou no início deste ano sua nova sede, em São José dos Pinhais. O principal objetivo foi trazer para o mesmo terreno os departamentos administrativos e de produção, que antes ficavam em lugares distintos na região Metropolitana de Curitiba. “Foi uma oportunidade, durante a crise, de reduzir custos e tornar os processos mais eficientes”, diz Bruna.

A marca também lançou um e-commerce neste ano. Ainda embrionário, o site vende ferramentas e entrega para todas as regiões do país.

Fábrica investe em parceria com universidades locais

Para atingir o objetivo de vender tanto para o público profissional e mais experiente quanto para o público doméstico e jovem, a Wap busca parcerias com instituições de ensino do Paraná. Neste mês, por exemplo, a empresa participou da primeira Workatona da FAE Centro Universitário. O evento foi uma maratona acadêmica que reuniu cerca de 500 alunos na busca pela solução do problema apresentado pela Wap.

Por causa da crise, a empresa teve que cortar alguns benefícios extras de funcionários, como a ginástica laboral, o que prejudicou o clima organizacional. Para poder voltar a implementar as ações, a Wap queria uma solução que resolvesse o problema de resíduos da fábrica e, ao mesmo tempo, gerasse dinheiro.

Parte das soluções apresentadas durante a Workatona já estão no radar da empresa para implementação. Uma das medidas que devem ser implementadas no médio prazo, segundo o coordenador de desenvolvimento de produto e marketing da Wap, Diego Mafioletti, é a reutilização do plástico. A equipe vencedora do desafio da FAE propôs que a indústria passasse a utilizar o plástico que sobrava da produção para a fabricação de acessórios.

A Wap também tem parceria com a Universidade Positivo para estudos de viabilidade e design de produtos. “Somos uma empresa enxuta no setor de desenvolvimento e essas parcerias nos ajudam a trazer novas ideias para a organização”, explica Mafioletti.

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