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Os sócios Ricardo e Wilson estão desenhando a máquina que vai personalizar a cerveja. | /Divulgação
Os sócios Ricardo e Wilson estão desenhando a máquina que vai personalizar a cerveja.| Foto: /Divulgação

Uma startup paranaense promete facilitar a vida dos amantes de cervejas artesanais. A londrinense Eidee Design trabalha no desenvolvimento de uma máquina que automatiza e simplifica todo o processo de preparo da bebida, além de abrir espaço para que os clientes criem e personalizem suas próprias receitas.

Idealizada pela dupla Ricardo Dantas e Wilson Harada, a Bravo Machine deve chegar ao mercado somente no segundo semestre deste ano, mas o modelo de negócio já vem sendo testado na cidade. “A recepção do público está sendo bem boa. Estamos percebendo que há uma demanda latente para esse tipo de serviço. Tanto que estamos atingindo diversas faixas etárias, indo desde o iniciante ao cervejeiro mais experiente”, conta Dantas.

Por enquanto, o projeto de cervejas personalizadas vem sendo feito em parceria com algumas lojas da região, que recebem os pedidos dos clientes e preparam o mosto (quando a cerveja ainda não está fermentada). E, para Harada, a praticidade é o maior atrativo. “Muitas pessoas não têm tempo ou não querem gastar com equipamentos para produzir sua própria cerveja”, aponta.

Assim, ao invés de passarem horas trabalhando com grãos e demais ingredientes, a Eidee aposta na automatização do trabalho. “A Bravo Machine cuida de todo o processo, desde a temperatura certa da água à dosagem correta dos insumos”, explica Dantas. “Tudo o que o cliente precisa fazer é levar o mosto para casa e deixá-lo fermentar”.

Cada receita produz, em média, 12 litros de cerveja e o preço varia de acordo com as escolhas do consumidor. Como é possível adicionar ou remover ingredientes com base no gosto de cada um, o valor varia de acordo com essa quantidade. De acordo com Harada, porém, o preço final costuma variar entre R$ 140 e R$ 150. “Mas há quem procure para fazer uma receita mais barata do que a bebida que a disponível no mercado”, conta.

Cerveja em casa

Imaginada inicialmente para ser um equipamento doméstico, como uma espécie de “Nespresso da cerveja”, o projeto da Bravo Machine teve de ser adaptado para se adequar ao momento de crise do Brasil, sobretudo com a alta do dólar. “Como muitas das peças são importadas, percebemos que o produto teria um custo muito alto para uso doméstico, o que faria com que a venda fosse muito limitada”, conta Harada.

Desa forma, solução foi alterar a estratégia e destinar a máquina para cervejarias e lojas que vendem insumos para o preparo. “A ideia é fazer algo como em um sistema de franquias”, sugere Dantas. Além disso, está sendo desenvolvido um sistema para que as pessoas possam fazer a encomenda de suas receitas pela internet, indo ao estabelecimento apenas para retirar o mosto.

Segundo Harada, a Bravo Machine ainda não tem preço definido, mas deve entrar em pré-venda via processo de financiamento coletivo no início do segundo semestre por algo entre R$ 5 mil ou R$ 6 mil. “É uma alternativa mais em conta do que produtos importados. Quem for comprar uma máquina do tipo fora do país, vai pagar entre R$ 18 e R$ 20 mil com o dólar atual”, explica.

Ainda assim, essa mudança nos rumos não descartou os planos de lançar uma versão doméstica da máquina. De acordo com Harada, a Eidee pretende ainda trazer uma versão mais em conta da Bravo Machine para que as pessoas possam fazer suas próprias cervejas artesanais, mas sem dizer exatamente para quando.

Empresa trabalha no fomento da comunidade cervejeira

Para desenvolver o cenário local e fomentar o mercado, a Eidee Design está apostando também em maneiras de cultivar e fomentar a comunidade cervejeira de Londrina. De acordo com Ricardo Dantas, um dos criadores da Bravo Machine, foi criado um blog para discutir o tema com os amantes da bebida, além da realização de palestras e cursos para explicar o funcionamento do serviço.

Eles também contrataram um mestre-cervejeiro tanto para ajudar na criação do conceito quanto para auxiliar os clientes. Segundo ele, quando começaram a trabalhar com o conceito da máquina, ninguém na empresa sabia como produzir uma cerveja e eles querem que esse aprendizado e interesse sejam levados também para o consumidor. “Quanto mais gente estiver querendo fazer cerveja, melhor para o nosso negócio”, explica.

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