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De tão flexíveis, as células chegam a envolver um vidro de um milímetro de espessura. O diâmetro de lápis tem, em média, cinco milímetros | Science Alert
De tão flexíveis, as células chegam a envolver um vidro de um milímetro de espessura. O diâmetro de lápis tem, em média, cinco milímetros| Foto: Science Alert

Imagine uma estrutura mais fina que um fio de cabelo. Agora, pense que ela pode ser capaz de transformar a luz do sol em energia. Na Coreia do Sul, a ideia virou realidade. Criada por pesquisadores do Instituto Gwangju de Ciência e Tecnologia, a célula fotovoltaica mais fina do mundo tem cerca de um micrômetro de espessura. O substrato flexível no qual elas são fabricadas, para efeito de comparação, é muito mais fino que um fio de cabelo humano, que pode ter de dez a 200 micrômetros.

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A novidade, além de representar um recorde global, sugere que o mercado fotovoltaico soma condições para superar qualquer atual expectativa de crescimento. A versatilidade garantida pela opção ultraleve pode ultrapassar aplicações hoje apontadas como mais viáveis – em plásticos, vidros ou tecidos – e conquistar um espaço ainda pouco imaginado.

Segundo os pesquisadores, pela alta flexibilidade e resistência, elas podem ser “carimbadas” nas mais diferentes superfícies, inclusive, em tecnologias pequenas e portáteis, como pulseiras fitness e óculos inteligentes, por exemplo. A pequena área disponível para inclusão das células e as curvas dos objetos ainda limitam a aplicação de sistemas solares em produtos como esses. No futuro, com a aplicação da nova célula, isso deve mudar.

Flexibilidade

Para desenvolver a novidade, os pesquisadores se valeram do arsenieto de gálio. O composto químico é mais eficiente na absorção da radiação solar que o silício, tradicionalmente utilizado em sistemas fotovoltaicos.

No laboratório, ele foi unido e soldado às células solares por um processo que utiliza a pressão. Em testes, foi descoberto que o substrato fruto dessa junção ficou flexível a ponto de ser dobrado, sem quebrar, em torno de raios de 1,4 milímetros de diâmetro. Um lápis, para se ter ideia, tem, em média, cerca de cinco milímetros.

Aplicações práticas posteriores, entretanto, demonstraram que elas são capazes de mais: envolveram uma lâmina de vidro de um milímetro de espessura. Diante de descobertas como essa, uma nova era para o mercado fotovoltaico pode estar prestes a ser inaugurada.

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