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Parque eólico já em funcionamento na Bahia. Metade dos recursos para construção vieram do BNDES. |
Parque eólico já em funcionamento na Bahia. Metade dos recursos para construção vieram do BNDES.| Foto:

A paranaense CER Energia, com sede em Curitiba, já aproveita os intensos ventos da Bahia para produzir energia eólica a partir das três primeiras usinas, entregues em dezembro do ano passado. Implantadas na Chapada Diamantina, as estruturas somam 68 megawatts de potência instalada. Até janeiro de 2019, a companhia promete entregar mais 18 parques na região do semiárido baiano, totalizando 524 megawatts de potência, porção suficiente para suprir energeticamente dois milhões de brasileiros.

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As eólicas da CER entraram em operação três anos após a participação da empresa nos leilões de energia nova, realizados entre 2013 e 2014. Na ocasião, a companhia vendeu energia por R$ 102 o megawatt-hora. O valor atual, considerando o aumento da inflação, fica em torno de R$ 118 o MWh. Na época, o preço da oferta foi 15% menor em comparação ao proposto pelas demais concorrentes. Quando os 21 parques eólicos começarem a operar, o custo da tarifa deve aumentar proporcionalmente ao crescimento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), alcançando uma média de R$ 150 o MWh.

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Segundo Luiz Fernando Cordeiro, CEO da empresa, a CER Energia possui 60 mil hectares de área na Chapada Diamantina, o que representa um potencial de geração energética em torno de 1.900 megawatts. “O potencial eólico na Bahia é enorme e o solar também. Em breve, o setor fotovoltaico deve crescer expressivamente no Brasil e precisamos estar preparados”, diz. Ele conta que a companhia já reúne condições para desenvolver projetos solares com capacidade de 120 megawatts de potência instalada. “Concorreremos no próximo leilão, previsto para outubro”, sinaliza.

Investimento

Os três primeiros parques eólicos já em funcionamento custaram R$ 430 milhões e, até 2019, com a conclusão dos 21 parques, o investimento financeiro terá sido na ordem de R$ 3 bilhões. Metade do aporte total sai da própria empresa e o restante será repassado, ainda em maio, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Em 2012, o banco aprimorou regras de nacionalização para incentivar o crescimento da geração eólica no país. Hoje, 65% dos componentes que integram as estruturas já são produzidos no Brasil, principalmente, na Bahia. Algumas estruturas elétricas, ainda são importadas da Espanha.

Para Cordeiro, o permanente apoio público é fundamental para garantir que a geração energética por fontes renováveis seja constante no país. “Passado o momento mais difícil da nossa economia, o Brasil vai voltar a crescer e as fontes limpas precisarão ser cada vez mais capazes de sustentar a matriz energética nacional”, defende.

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