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Nos últimos quatro anos, mais de R$ 5 bilhões foram investidos no desenvolvimento do Smart Grid no Brasil, sistema de distribuição e de transmissão de energia elétrica com recursos de Tecnologia da Informação usado para aprimorar o uso da energia em casas, cidades e indústrias. Para os próximos cinco anos, a expectativa é que pelo menos as grandes cidades já adotem o modelo para distribuir a energia.

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O tema do desenvolvimento de tecnologia para a eficiência do sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil voltou ao debate após a recém-publicada alteração no financiamento de fonte alternativa de energia pelo BNDES.

O banco anunciou que o segmento receberá créditos de até 80% em TJLP nas concessões que ocorrerem a partir de outubro. Antes do anúncio,o financiamento para fonte alternativa de energia era de até 70%, em TJLP. O banco decidiu manter em 80% sua participação em projetos de eficiência energética e disponibilizará a mesma quantidade de crédito para projetos de iluminação pública.

O custo de produção e distribuição da energia solar caiu 30% nos últimos quatro anos, na avaliação de Cyro Boccuzzi, CEO da consultoria de energia ECOee. Segundo ele, a tendência é baratear. “Até 2020 essa energia será tão competitiva ou mais barata que qualquer energia do planeta”, disse em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Apesar do avanço, Boccuzzi considera necessário adaptar a regulação às otimizações do medidor inteligente de energia elétrica, que coleta dados sobre o uso da energia e os informa para o usuário e fornecedor, otimizando o controle do gasto. “Não adianta mudar todos os medidores se não mudar as tarifas da energia”.

Em todo o país já estão sendo feitos projetos e implantações do Smart Grid. A AES Eletropaulo pretende atender mais de 62 mil consumidores em Barueri até 2017. Para isso, está sendo feito um investimento de R$ 75 milhões. Na ilha de Fernando de Noronha, em Pernambuco, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) aplicou R$ 17,5 milhões na pesquisa e na instalação de 800 medidores eletrônicos. Outra cidade que possui o projeto é Aparecida, no interior de São Paulo, onde a EDP Bandeirantes investiu em 2011 R$ 10 milhões na compra de 15,3 mil medidores eletrônicos.

Na opinião do coordenador dos Cursos de Tecnologia da FGV, Raul Colcher, a implantação em larga escala das smart grids vão aprimorar o fornecimento de energia para questões urbanas como mobilidade, segurança pública e iluminação. Hoje, a percepção da sociedade nas grandes cidades é de que há falhas no sistema de distribuição.

Pesquisa

Segundo pesquisa Tecnologia nas Cidades do Data Folha encomendada pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), o fornecimento de energia nas cidades ainda é insuficiente para mais de 50% da população. A pesquisa abrange a população de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, sendo 46% com renda de até 2 salários mínimos e 23% com renda entre 2 e 3 salários. As entrevistas foram realizadas em 130 municípios de pequeno, médio e grande porte, em todas as regiões do Brasil, entre 23 e 27 de agosto de 2016. A margem de erro para o total da amostra nacional é de 2,0 pontos, para mais ou para menos.

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