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O ministro da Fazenda e Administração Pública da Espanha, Cristóbal Montoro, admitiu nesta segunda-feira (9) que haverá um aumento do Imposto sobro o Valor Agregado (IVA) nos próximos dias, apesar de o governo ter se oposto à medida recentemente. Montoro destacou que as recomendações do último Conselho Europeu foram "bastante explícitas" em relação ao aumento do imposto indireto e que o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, também acatou a medida.

O ministro também se referiu à possibilidade de eliminar os impostos de compra de habitação. Ele disse que essa é a "estratégia", mas que é necessário "escolher o melhor momento". Ele disse ainda que a Espanha "terá um IVA menor se comparado com outros países" e que o debate não existiria se não fosse a economia enfraquecida.

Montoro afirmou que a Espanha tem uma das políticas ficais mais justas entre os países desenvolvidos e que desde 2007 a arrecadação de impostos tem caído 7% do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a 70 milhões de euros.

"Nenhum país no mundo viveu isso e é o que leva a uma mudança de valores e de posição", afirmou Montoro. O governo planeja reformar o tributo e passar os artigos com imposto superreduzido (4%) e reduzido (8%) ao 18%. Especialistas consideram que a medida afetaria às classes mais baixas.

A presidente da comunidade Castilla-La Mancha, Dolores de Cospedal, defendeu o aumento do IVA e pediu ainda para reduzir o número de empregados nas administrações públicas devido à "situação insustentável". Ela lembrou que os empregados públicos aumentaram 20% em 10 anos. O ministro sinalizou que o governo estuda aumentar as horas de trabalho semanais dos funcionários. Algumas comunidades autônomas já adotaram medidas nesse sentido. A de Madri, por exemplo, aprovou ampliação da jornada de trabalho de 35 para 37,5 horas semanais.

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