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Cultura empreendedora de imigrantes fomentou novas empresas no Paraná

No Paraná não faltam exemplos de empresas que surgiram de uma pequena ideia que deu certo. Parte dessa disposição em se arriscar nos negócios veio dos imigrantes, empreendedores por natureza

Universidade Positivo, em Curitiba: um dos maiores grupos educacionais do país surgiu de um cursinho pré-vestibular | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Universidade Positivo, em Curitiba: um dos maiores grupos educacionais do país surgiu de um cursinho pré-vestibular (Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo)

A vinda de imigrantes italianos, poloneses, japoneses, ucranianos e alemães ajudou a forjar uma cultura empreendedora no Paraná. "Eles saíram dos seus países para tentar a vida em outro país. Eram empreendedores por natureza. Isso foi fundamental para dar dinamismo à economia do estado", diz Julio Cezar Agostini, diretor de operações do Sebrae no Paraná.

Não faltam exemplos de empresas que surgiram de uma pequena ideia que deu certo. A fabricante de perfumes e cosméticos O Boticário, hoje a maior rede de franquias do país, surgiu a partir de uma pequena farmácia, na Rua Saldanha Marinho, no centro de Curitiba. A Bematech, que atua na área de automação comercial, surgiu na incubadora tecnológica do Tecpar. A marca Morena Rosa, hoje entre as três maiores empresas de moda do país, foi criada a partir de uma pequena confecção em Cianorte, no Noroeste do estado, e o grupo Positivo lançou suas bases a partir de um cursinho pré-vestibular em Curitiba.

O empreendedorismo também ajudou a criar polos de produção em diversas áreas no estado. A maioria dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) do Paraná é formada por pequenas e microempresas, entre eles o polo de móveis de Arapongas, de bonés em Apucarana, de confecções entre Maringá e Londrina e de moda infantil em Terra Roxa, além dos voltados para a área de tecnologia da informação em Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco, Ponta Grossa e Curitiba.

Inovação

O estado tem hoje 170 mil microempreendedores individuais e 500 mil micro e pequenas empresas. Somente no primeiro semestre deste ano foram abertas 27,1 mil empresas, 7% mais que no mesmo período do ano passado, segundo dados da Junta Comercial do Paraná (Jucepar).

Para Agostini, o empreendedorismo de sobrevivência vem sendo substituído, cada vez mais, pelo de inovação. "As pequenas e microempresas são o celeiro de grandes empresas. Em todos os municípios há pelo menos um caso de uma pequena que deu certo e venceu o desafio de crescer. Mas para isso, é preciso foco em inovação e no desenvolvimento intensivo de conhecimento", diz.

A cada 100 empresas criadas no estado, 75, em média, sobrevivem aos dois primeiros anos de vida. Mas em dez municípios esse patamar está acima da média, segundo o Sebrae: Cianorte (84%); Francisco Beltrão (81%); Campo Mourão (80%); Guarapuava (79%); Apucarana (79%); Foz (78%); Ponta Grossa (78%); Arapongas (77); Umuarama (77%); e Cascavel (76%).

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