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| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Empresa tem atuação fundamental na cidade

Para quem vive em Campo Mourão, a Cristófoli acaba sendo mais do que uma marca. Muito por causa da figura incansável de Ater Cristófoli, que não se contenta em ficar na fábrica de 2,5 mil m2, já pequena para comportar a produção. A ideia, aliás, é ampliá-la nos próximos anos –dois terrenos na cidade estão comprados para o investimento.

O empresário preside o Observatório Social do Brasil, entidade que compila dados, voluntariamente, para defender políticas públicas e monitorar a atuação dos governos. A Cristófoli está até em folders de shows de música. A empresa promove apresentações de bandas de rock no município, já que Ater considera importante que mais estilos musicais além do aclamado sertanejo tenham espaço na cidade.

Futuro

A empresa hoje fatura R$ 52 milhões anualmente. Em 2015, a meta é chegar a R$ 55 milhões. Nos anos 1990, não era essa a previsão. Ater conta que, caso ele e o primo, Gerry (já falecido e também fundador da empresa) tivessem preenchido um plano de negócios, a fábrica nunca teria saído do papel. "Todas as perguntas de um plano de negócios clássico teriam respostas negativas", diz. "Tem capital? Não. Tem clientes próximos? Não. Tem mão de obra? Não", lembra

O impacto da Cristófoli Biossegurança para Campo Mourão, cidade de 87,2 mil habitantes no noroeste do Paraná, ultrapassa o fato de a empresa ser hoje referência na fabricação de autoclaves – aparelhos que esterilizam ferramentas de saúde e beleza. Em 23 anos, a fábrica ajudou a diversificar a economia da região. Primeiro, incentivando fornecedores. Uma fabriqueta de panelas de Sarandi, por exemplo, hoje fornece os tanques de alumínio que produzem o vapor no interior da autoclave. "Tivemos que correr atrás de fornecedores na região e sugerimos a diversos deles que variassem a produção para nos atender. Hoje eles vendem para muito mais gente", conta Ater Cristófoli, 50 anos, fundador da fábrica.

Assista ao vídeo e conheça melhor a empresa premiada A outra forma foi com a criação da Fundação Educere, que começou em 2002 como escola de qualificação e agora atua como incubadora de empresas na área de biotecnologia. A fundação surgiu da dificuldade que a Cristófoli tinha para contratar gente especializada na região. "Campo Mourão é uma ilha cercada de soja por todos os lados", resume o empresário, que convidou os alunos com as melhores notas da cidade para participar das aulas. A Educere já viabilizou a criação de 14 empresas, que têm faturamento calculado em R$ 40 milhões anuais – a maioria atua como distribuidora ou importadora. Uma delas deve passar em breve a produzir secadores de cabelo na Zona Franca de Manaus.

No seu ramo, a Cristófoli também tem seus números positivos. A estimativa é que a fábrica seja responsável por 60% do mercado nacional de autoclaves de mesa, usadas principalmente em consultórios odontológicos. Já superou as 175 mil unidades vendidas. Com esse mercado consolidado, a empresa aposta no design para atingir o segmento de beleza. As novas linhas deram lugar às máquinas de formas arredondadas, coloridas e de nomes simpáticos, como Amora e Baby. Esses aparelhos ganharam salões de beleza, lojas de tatuagem e clínicas de podologia e estética. Com seus 165 funcionários, a Cristófoli também vende outros aparelhos de biossegurança –destiladores e seladoras, por exemplo –, boa parte, importados.

Mesmo acostumada a enfrentar adversidades, a Cristófoli sofreu um baque nos últimos dez anos, quando perdeu espaço no mercado internacional. "Já exportamos para 35 países, mas perdemos muito mercado para os chineses", conta o fundador. A marca vende atualmente para cerca de cinco países na América Latina. A pressão por mais competitividade fez com que a empresa fundasse sua primeira unidade estrangeira em 2010 em Ningbo, na China, onde há uma zona livre de desenvolvimento tecnológico. Lá, a empresa pôde confirmar as vantagens que os chineses têm: carga tributária de 26% no setor contra os 36% no Brasil, mais a infraestrutura portuária superior. Com isso, a expectativa é que a unidade de Ningbo ajude a Cristófoli a ganhar em margem de lucro, vendendo produtos exclusivos para a Europa. A produção chinesa corresponde a 10% do total.

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Bem Feito no Paraná 2014 | 2:04

Cristófoli: Biossegurança que virou referência

A empresa responde pela fabricação de pelo menos 60% das autoclaves, equipamentos de esterilização, do mercado nacional. A taxa de crescimento se mantém estável em cerca de 20% ao ano e tem ajudado a economia do município de Campo Mourão.

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