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| Foto: Divulgação/Indusbello

O desejo de apostar em uma novidade uniu os cunhados Júlio Cesar Benis e Wander Luis Rodrigues há mais de 20 anos. A experiência de Wander na área farmacêutica se somou à ousadia de Júlio, que não hesitou em investir em um projeto novo mesmo durante a crise econômica.  

A parceria deu início a uma das mais bem sucedidas empresas do Paraná, a Indusbello, indústria de produtos médicos e odontológicos de Londrina, que levou o segundo lugar do Prêmio Bem Feito no Paraná, na categoria Pequenas e Médias Empresas.

Indusbello: 2º lugar na categoria "Pequenas e Médias" no Prêmio Bem Feito 2016

Indústria de produtos médicos e odontológicos foi fundada em 1990, em Londrina.

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Para começar o negócio, em 1990, Julio vendeu seu fusca e Wander, uma moto que acabava de retirar de um consórcio. Na época, a empresa, que hoje conta com aproximadamente 70 funcionários, abriu as portas como uma pequena distribuidora e assim que a dupla de empreendedores passou a conhecer a fundo as demandas do setor em que atuava, foram nascendo as primeiras propostas de novos produtos.

“A gente participava de muitas exposições em universidades e tínhamos contato com professores. Isso nos ajudou a entender do que o pessoal do ramo mais precisava. Então, resolvemos começar uma fábrica”, lembra Júlio.

O primeiro produto foi o sugador cirúrgico descartável, lançado em 1994, ano em que a distribuidora se transformou em indústria. Até então, o instrumento mais usado pelos profissionais da área de odontologia era feito de metal e não era descartado após o uso. “A reutilização implicava em vários riscos de contaminação”, conta um dos atuais diretores da empresa, Leonardo Beni.

Feito em plástico, o primeiro carro-chefe da Indusbello foi bem recebido pelos profissionais da área e fez com que a empresa passasse a ser conhecida como sinônimo de inovação e biossegurança.

Produtos

O sugador descartável foi ganhando novas versões ao longo dos anos e até hoje se mantém entre produtos mais vendidos da empresa. Mas a vocação para inovar não parou por aí e serviu como base para outras várias ideias que hoje somam 35 registros de patentes já concedidos e 10 em andamento.

Recentemente, a empresa passou a trabalhar também nas áreas médico-hospitalar e de odontopediatria. Para abarcar todos os campos de atuação da empresa, foi aberta no ano passado a Indusbello Company, composta pela Indusbello Bambini (odontopediatria), a Sanità (área médico-hospitalar) e a Indusbello (produtos odontológicos).

Entre os produtos mais recentes lançados pela empresa estão os estojos de acomodação, transporte e esterilização de instrumentos médicos, feitos de plástico. Segundo Leonardo, o diferencial com relação aos outros do mercado estão na fácil higienização e na tampa transparente que possibilita ao profissional visualizar os itens, sem precisar abrir. “Isso reduz chances de contaminação”, explica.

Prêmios

O Bem Feito no Paraná, promovido pela Gazeta do Povo, com o apoio do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade, não foi o primeiro título a reconhecer o trabalho da Indusbello. Só de 2004 para cá, a empresa foi finalista de prêmios como o Nacional de Inovação (2013) e ganhou outros vários como o Top Smile (2004), o Empresa Padrão de Qualidade Internacional e Ambiental (2012) e o Destaque Empresarial Nacional (2014). “Acreditamos que a razão destes resultados é a nossa busca constante por ser referência como padrão de qualidade e inovação na área da saúde”, diz Leonardo.

Perspectivas

Presente em 40 países, a Indusbello planeja ampliar cada vez mais seu mercado, desenvolvendo novos produtos. É o que adianta Leonardo, de olho nas perspectivas para o ano que vem. A empresa, que segundo o diretor, está em ascensão desde 2009, projeta um crescimento de 10% em 2017, o mesmo percentual de 2016.

Outro projeto da organização é ampliar sua estrutura física, que, atualmente, contempla três unidades. Dentro dos próximos dois anos, a Indusbello deverá construir uma sede para unificar os três espaços. Será um prédio de aproximadamente 2,3 mil metros quadrados de construção. Além disso, a empresa deverá integrar em breve o parque tecnológico municipal de Londrina. “Queremos utilizar nosso potencial de inovação para o desenvolvimento local também”, reforça.

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