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Maria Zélia, coordenadora de Sustentabilidade, chegou à Ecovia graças à rede de contatos | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Maria Zélia, coordenadora de Sustentabilidade, chegou à Ecovia graças à rede de contatos| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Dois amigos tomam café e discutem um projeto de trabalho em meio a xícaras e pratinhos com pão de queijo. No sofá ao lado, um profissional autônomo fala ao celular enquanto troca mensagens e pesquisa sites em seu notebook. No mesmo sofá, uma professora de ioga conversa com duas amigas, sentadas em outras poltronas. Esse é um típico ambiente de networking – e, não por acaso, é o retrato de um fim de tarde comum no ambiente "sala de estar" do Lucca Cafés Especiais, no bairro Batel, em Curitiba.

É ali que a designer Renata Moura discute projetos de trabalho com o engenheiro Eduardo Schreiber. "Estou montando meu escritório, mas tenho certeza de que mesmo depois que ficar pronto continuarei vindo aqui para reuniões de trabalho. O ambiente é muito agradável", diz Renata. Eduardo concorda e observa que o curitibano só precisa aprender a dividir a mesa com estranhos. No mais, avalia o engenheiro, locais como o Lucca – que reúne cafeteria, conexão de internet sem fio, um clima amigável e pessoas interessantes – são ideais para trabalhar, pensar, se divertir e conhecer gente.

Durante a semana, estima o gerente, Rafael Vetter, metade dos clientes vai ao café para reuniões de trabalho. "Alguns estão aqui todos os dias. Fizeram do Lucca seu escritório. São profissionais de publicidade, moda, tecnologia, comunicação, música e teatro."

Compartilhar ideias

Publicitários, aliás, precisam estar sempre antenados com o que há de mais novo em todas as áreas – do comportamento e consumo à tecnologia e inovações – e, por isso, conhecem, intrinsecamente, a importância do networking. O fato de se tratar de um meio extremamente competitivo poderia levar ao raciocínio oposto – não compartilhar ideias e descobertas por receio de "perder vantagem" para o concorrente – mas os publicitários entendem que sem troca de experiências é muito mais difícil sobreviver no mercado da comunicação. Não à toa as reuniões do Clube de Criação do Paraná (CCPR) costumam ser cheias.

O Clube mantém uma agenda de cerca de 15 eventos para os mais de 500 membros, entre pessoas físicas, empresas e fornecedores. O encontro mensal batizado de Workchopp é um dos mais concorridos. "Se você se fecha no conhecimento tende a se isolar. Com a velocidade de hoje, novidades circulam rapidamente. Quem tenta retê-las sai perdendo, porque muito brevemente elas estão disponíveis", alerta Alexandre Magno, presidente do CCPR. "As ideias pertencem a todos."

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