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Itajiba Fortunato Jr, diretor-presidente da gráfica Tuicial, toca a empresa fundada pelo pai. Investiu R$ 500 milhões em novos equipamentos e quer uma área maior, com o dobro do tamanho da atual | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Itajiba Fortunato Jr, diretor-presidente da gráfica Tuicial, toca a empresa fundada pelo pai. Investiu R$ 500 milhões em novos equipamentos e quer uma área maior, com o dobro do tamanho da atual| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Distritos

Confira os detalhes dos oito distritos industriais de Cascavel.

Condomínio Industrial Albino Nicolau Schmidt.

Localização BR 277, Km 599, na saída para Foz do Iguaçu.

Capacidade: 37 empresas.

Situação: 30 empresas instaladas, seis em implantação e um lote em licitação.

Distrito Industrial Domiciano Theobaldo Bresolin.

Localização: BR 277, no trevo Cataratas, saída para Curitiba.

Capacidade e situação: 20 empresas instaladas.

Núcleo Industrial Cataratas

Localização: BR 369, Km 524, na saída para Corbélia.

Capacidade e situação: 23 empresas instaladas.

Cidade Industrial e Tecnológica de Cascavel 1 – Citvel 1

Localização: BR 277, Km 524, na saída para Curitiba, em frente à Ferroeste.

Capacidade: 20 empresas.

Situação: em fase de implantação.

Núcleo Industrial Walpides Ross ou Guarujá

Localização: BR 277, Km 587, na saída para Foz do Iguaçu.

Capacidade e situação: 27 empresas instaladas.

Núcleo Industrial Allan Charles Padovani

Localização: BR 467, Km 10, na saída para Toledo.

Capacidade e situação: 12 empresas instaladas.

Parque Industrial José Antônio Merlin

Localização: BR 369, na saída para Corbélia.

Capacidade: 37 empresas.

Situação: 23 empresas instaladas e 14 em construção – além do barracão-escola em parceria com a Fiep.

Casulos Industriais Augusto Carlos Tondo

Localização: BR 369, Km524, anexo ao Núcleo Industrial Cataratas, na saída para Corbélia.

Capacidade: nove casulos industriais de cerca de 164,17 metros quadrados cada um para até dois anos.

Situação: seis empresas instaladas e três em implantação.

Fonte: Prefeitura Municipal de Cascavel.

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A falta de um aeroporto maior e adequado para cargas, de uma ligação ferroviária mais eficiente até Paranaguá e mesmo de várias obras viárias – como o Contorno Oeste – para melhorar o escoamento da produção de grãos, frango e leite, são furos na infraestrutura de Cascavel que dificultam a atração de grandes indústrias multinacionais. Mas eles não impedem o crescimento com foco no valor agregado local.

Com a inauguração de seu oitavo distrito industrial, batizado de Cidade Industrial e Tecnológica de Cas­cavel (Citvel 1), prevista para abril deste ano, a potência agrícola do Oeste do Paraná – oitava cidade do estado em exportações – conta com o apoio das cooperativas e empresas familiares para se industrializar regionalmente. De 2010 para 2011, o número de alvarás expedidos para novas indústrias em Cascavel deu um salto de 36,4%, acompanhado do crescimento de mais de 60% nos alvarás para comércio e serviços.

Parte da expansão se deve à consolidação do polo de ensino de Cascavel, hoje com oito instituições de ensino superior, entre elas a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), e cerca de 25 mil estudantes – caminho que a turística Foz do Iguaçu começa a trilhar agora (leia mais na página ao lado). "O jovem não vai mais embora. Ele quer investir no negócio da família, modernizá-lo e ampliá-lo", observa a economista e secretária municipal de De­­senvolvimento Econômico Su­­sana Gasparovic Kasprzak, desde 1984 na cidade, boa parte como professora da Unioeste.

O diretor-presidente da indústria gráfica Tuicial, Itajiba Fortu­nato Jr, é um exemplo desse desejo de crescer das empresas da região. Fundada pelo pai dele em 1978, a empresa tem 100 funcionários e ocupa um prédio na Avenida Brasil, já um tanto apertado para as operações atuais. Nos últimos cinco anos a empresa vem diversificando o negócio e se dedicando fortemente ao mercado de embalagens. Conquistou clientes como a Racco, indústria de comésticos de Curi­tiba, e a Vapza, fabricante de alimentos cozidos a vapor também de Curitiba. "Não é só a questão do espaço em si, mas da organização dele. Nosso plano é ir para um lugar com uma produção estruturada em linha, energia suficiente [hoje um gerador adicional ocupa uma vaga no estacionamento da empresa] e em um prédio ambientalmente correto", explica. Para dar esse salto de qualidade, a Tuicial está de olho no único dos 19 lotes do Citvel I com 30 mil metros quadrados (quase quatro vezes a área ocupada hoje pela empresa). A disputa não será fácil. Outras duas empresas locais, também familiares e em busca de expansão, estão na briga: a Consilos, indústria de silos e secadores de grãos, e a Bacarin, fabricante de embalagens de plástico e papel.

O município licitou ainda em dezembro a implementação de infraestrutura de água, energia e pavimentação do Citvel I, orçada em R$ 1,6 milhão, e as obras devem começar logo. Já há 49 empresas protocoladas para as disputas públicas dos lotes. Os interessados que ganharem, segundo critérios como anos de atuação e número de empregos, pagarão um preço subsidiado de R$ 3,38 o metro quadrado e terão redução ou isenção de impostos municipais por dez anos. Em contrapartida, o empresário tem de dar início às obras em oito meses e concluir parte suficiente para início das atividades em um ano.

Terceira cidade na formalização de trabalhadores autônomos

Em pesquisa feita pelo Portal do Empreendedor, com base em dados do ano de 2010 até 18 de abril de 2011, Cascavel conquistou a terceira posição no ran­­king de formalização de empreendedores individuais no estado, atrás apenas de Curitiba e Londrina.

Das 2.332 formalizações de Cascavel do período, 1.342 ti­­nham saído pelo programa Em­­presa Fácil. Criada em maio de 2010, a ação, instalada no térreo do prédio da prefeitura, tem como meta atender e ajudar autônomos informais a constituir CNPJ.

De janeiro até o início de dezembro de 2011, o total de formalizações pelo Empresa Fácil chegou a 2.316 – 38% do total dos 6.134 estabelecimentos co­­merciais atuais. "Nossa meta é chegar a 3 mil formalizações até o fim de 2012", lembra a secretária municipal de De­­senvol­vimento Econômico, Gasparovic Kas­­przak.

Ainda em dezembro, o município assinou um convênio com a Caixa Econômica Federal para a concessão de microcrédito de até R$ 15 mil para pequenos empreendedores com faturamento anual igual ou inferior a R$ 120 mil. A parceria vai atender empresários inscritos no programa Empresa Fácil, com prazo de pagamento de até 24 meses e juros de 0,64% ao mês.

MP-PR apontou abusos em terrenos industriais

O desenvolvimento de Cas­cavel depende também da boa-fé do empresariado e da administração municipal. Ao longo de 2011 três dos nove distritos industriais da cidade foram alvo de inquéritos civis do Ministério Público Estadual (MP-PR). A área de Patrimônio Público do órgão identificou terrenos ociosos, cujos proprietários não estavam cumprindo com a contrapartida de construir a empresa e gerar empregos. Em alguns casos havia também falta de pagamento dos lotes.

Com as investigações do promotor Gustavo Henrique Rocha de Macedo, cinco terrenos do Distrito Industrial José Merlin e outro do Condomínio Industrial Albino Nicolau Schmidt foram retomados pelo município.

"No caso do Schmidt havia um lote vendido em duplicidade. Con­seguimos um acordo entre os envolvidos. Já no caso do José Merlin fizemos novas disputas públicas", explica a secretária municipal de De­­senvolvimento Econômico Susana Gasparovic Kasprzak. "Acredito que muitos estivessem interessados em especulação imobiliária. Com as novas disputas, porém, garantimos que os terrenos terão o destino certo: geração de empregos", diz. Em valores brutos, alguns dos terrenos, de frente para rodovias, estavam sendo adquiridos por cerca de R$ 8 mil.

Há ainda três ações civis públicas em andamento sobre a suspeita de irregularidades na venda de três lotes do loteamento Cavan, no bairro Parque São Paulo. A Gazeta do Povo não conseguiu contatar o promotor responsável para comentar o assunto.

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