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Shopping Londrina Norte, com 169 lojas e voltado para as classes B e C, em construção na saída da cidade | Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo
Shopping Londrina Norte, com 169 lojas e voltado para as classes B e C, em construção na saída da cidade| Foto: Ivonaldo Alexandre/ Gazeta do Povo

Aplicativo detalha perfil econômico das cidades do Paraná

Na ferramenta, você confere os principais indicadores econômicos do Paraná, suas principais regiões e municípios.

Confira

  • Confira o perfil econômico do Norte Central e do Norte Pioneiro do Paraná

Juntas, as cidades de Londrina e Maringá formam o segundo maior polo de consumo do estado, atrás apenas de Curitiba. São R$ 15 bi­­lhões em poder de compra, pouco mais de 10% do total do estado, segundo levantamento da consultoria IPC Target.

Norte Central e Pio­­neiro são as regiões do Paraná que têm maior concentração dos setores de comércio e serviços na base da economia. De seu Produto Interno Bruto (PIB), que totaliza R$ 37,2 bilhões, 70% vêm desse segmento.

O vigor da atividade comercial pode ser medido pelo desempenho das vendas, que em Lon­­drina e Maringá crescem o dobro da mé­­dia do estado, segundo dados da Fede­­ração do Comércio do Pa­­ra­­ná (Feco­­mércio). De janeiro a ou­­tubro de 2011, as vendas reais (já des­­con­­ta­­das os efeitos da inflação) de Lon­­drina e Maringá cresceram 10,13% e 9,77% respectivamente, contra um avan­­ço de 5,45% da média do estado.

Segunda cidade mais populosa do estado, Londrina recebe mensalmente cerca de 200 mil pessoas de fora – equivalente a 40% da sua população – que vêm consumir no mu­­nicípio, calcula o presidente da As­­sociação Comer­cial e In­­dus­­trial (Acia) de Londrina, Nivaldo Benvenho.

Dispostos a aproveitar esse potencial de consumo, grupos de varejo e shoppings vêm promovendo uma onda de investimentos nas duas cidades. Somente Londri­­na tem dois shoppings em construção e mais dois em fase de projeto.

O grupo Catuaí, hoje controlado pela BR Malls, está investindo R$ 180 milhões na construção do Shop­­ping Londrina Norte, com 169 lojas e voltado para as classes B e C. O empreendimento deve ficar pronto neste ano.

Localizado em uma das saídas do município, ele deve atender também a população de cidades vizinhas, como Ibiporã, Cornélio Procópio e Jaca­­re­­zinho. A expectativa é atrair pelo menos 500 mil pessoas por mês.

A empresa já tem um shopping em Londrina, inaugurado em 1991, e que recebe em média 1 milhão de pessoas por mês. Nos fins de semana, de cada três carros que estacionam na área do shopping Catuaí Londrina, dois têm placas de outras cidades.

O Sonae Sierra e o grupo Marco Zero devem inaugurar, também neste ano, um shopping com 236 lojas e investimentos de R$ 212,1 milhões. Há ainda dois outros empreendimentos em projeto – um shopping no centro da cidade e um outro vertical e com 200 lo­­jas, na Gleba Palhano, área nobre da cidade.

Londrina abrange uma área de influência que alcança quase 4 milhões de pessoas em um raio de 300 quilômetros. "O desenvolvimento da região Norte do Paraná, impulsionado pela alta rentabilidade agrícola, vêm atraindo novos investidores", diz o presidente da Acil.

Há pouco mais de um ano, o grupo Catuaí abriu o primeiro shopping em Maringá, com 216 lojas e recursos de R$ 180 milhões. "Há um grande potencial de consumo no interior e essas duas cidades atraem uma população com renda relevante. As famílias das cidades vizinhas costumam fazer compras grandes, com tíquete médio elevado", diz Maria­ne Wie­­derkehr, ge­­rente regional da BR Malls.

Esse consumo está relacionado principalmente à renda. Segundo o Censo 2010, Maringá é a 40.ª cidade do país com maior renda média domiciliar per capita (R$ 1.159,97) – avançou 35 posições em dez anos. No estado, a cidade só perde para Curitiba (R$ 1.516,17). Londrina, em terceiro lugar, registra R$ 1.088,60, também bem acima da média do estado, de R$ 876.

Londrina e Maringá atraem ainda pessoas de outras cidades pa­­ra morar, o que vem provocando um boom imobiliário na região. Dos vestibulandos inscritos no último concurso da Uni­­versidade Estadual de Ma­­ringá (UEM), 60% eram de fora da cidade. "Maringá atrai não apenas gente dos municípios vizinhos, mas também gente do sudoeste de São Paulo, Mato Gros­­­­so e Ma­­to Grosso do Sul", observa o presidente da Associação Co­­mer­cial e Em­­presarial (Acim), Adilson Emir Santos.

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