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Pessoas em busca de uma oportunidade de trabalho  formam uma longa fila na  Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Pessoas em busca de uma oportunidade de trabalho formam uma longa fila na Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Acontece nesta sexta-feira (06), das 09h às 17h, na Praça Rui Barbosa, a Feira do Trabalhador. O evento, organizado pela prefeitura de Curitiba em conjunto com o Ministério do Trabalho e 11 empresas parceiras, encerra a Semana do Trabalhador e oferece vagas de emprego, além de orientações profissionais e possibilidades de capacitação.

A proposta da feira era distribuir, ao longo do dia, duas mil senhas para que os interessados se candidatassem a 1,8 mil vagas ofertadas para cargos de nível de escolaridade médio incompleto a completo. As expectativas, no entanto, foram completamente superadas pela presença de quase 10 mil pessoas somente no período da manhã.

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Para o secretário municipal do Trabalho e Emprego, Fernando Guedes, a crise econômica vivida pelo país é diretamente responsável pelo movimento muito além do esperado. “Enquanto o Brasil enfrenta um índice de desemprego de 10,9%, em Curitiba, a média fica entre 7% a 8%”, comenta. Ele acredita que o movimento deva ser menor no período da tarde, mas sugere que, no mínimo, 12 mil pessoas passem pelo local ao longo do dia. “Em momentos de alta competitividade como este, a qualificação do profissional faz toda a diferença para a contratação, então, indicamos que, quem passar por aqui, conheça as possibilidades de aperfeiçoamento oferecidas pelo Senac, Senai e por outras entidades parceiras”, indica.

Vagas

Entre as oportunidades disponíveis, estão cargos de atendente de telemarketing, cozinheiro, vendedor, repositor de mercadorias, operador de caixa, servente de limpeza, recuperador de crédito, analista de compras, trainees, analista financeiro bilíngue e analista de assistente suporte bilíngue.

Antes das 10 horas, as duas mil senhas já haviam sido distribuídas. “É muita gente e pouca vaga. Algumas pessoas que conseguiram as senhas estão vendendo por R$ 10. Ouvi até pedidos de R$ 50”, conta Regina Maciel, de 20 anos.

Quem não conseguiu um número, aguardava em grandes filas para ao menos deixar o currículo nos stands das empresas participantes, como Abel Rodrigues Kuss, de 39 anos. Vivendo de “bicos” desde 2014, quando ficou desempregado, ele espera por uma vaga em qualquer área. “Minha mulher também perdeu o emprego no ano passado. Vou deixar meu currículo em todos os lugares e torcer”.

Jair de Sousa, de 53 anos, chegou às 07 h e garantiu uma das senhas para se candidatar às vagas disponíveis. Há um mês, ele não recebe salário da metalúrgica onde trabalha. “As atividades pararam para que a empresa não anunciasse o fechamento definitivo e decretasse falência, mas não temos previsão de retorno ao trabalho. Minha esposa está grávida e não posso esperar”, diz.

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Atendimentos

Os atendimentos são feito pela equipe do Sistema Nacional de Emprego (Sine). Para se candidatar às vagas, é preciso ter em mãos a senha, a carteira de trabalho, os números de RG, CPF e um comprovante de endereço. Nesta sexta-feira (06), por conta da realização da feira, os postos do Sine atendem apenas solicitações de emissões de carteiras de trabalho.

Durante o evento, a Liga Paranaense de Combate ao Câncer também faz avaliações gratuitas para diagnosticar indícios de câncer de pele. Foram distribuídas 50 senhas para exames no período da manhã e outras 50 serão entregues à tarde.

Esta é a segunda Feira do Trabalhador organizada neste ano. No início de março, a Feira da Curitibana Trabalhadora ofereceu 1,5 mil vagas de emprego. Na época, ao longo de todo o dia, pouco mais de oito mil pessoas foram atendidas.

Desemprego

No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego no Brasil ficou em 10,9%, de acordo com dados recentemente divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice é o maior da série de pesquisa, iniciada em 2012.

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