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| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo/

Depois de 31 dias de paralisação, os funcionários dos bancos públicos e privados que trabalham na região de Curitiba aceitaram a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na quinta-feira (6), dando fim à paralisação. A decisão favorável ao fim da greve ocorreu na noite de hoje por meio de votação em assembleia nos sindicatos. Os bancos abrem nesta sexta-feira (7).

O acordo de dois anos prevê 8% de reajuste no salário, mais abono de R$3,5 mil, em 2016. Para os trabalhadores dos bancos privados, o reajuste no vale-alimentação será de 15%, no vale-refeição e no auxílio creche/babá, de 10%. Nos bancos públicos, os ajustes nos benefícios e na participação dos lucros varia para cada instituição.

Para 2017, a Fenaban aceitou repor integralmente a inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas.

Além disso, será feita a instalação de um Centro de Realocação e Requalificação Profissional nos bancos. Com participação bipartite, o projeto buscará evitar demissões ao realocar os funcionários ameaçados pela reestruturação em um determinado local, criando possibilidades de serem transferidos para outras áreas da própria instituição.

Na mesa de negociação, o Comando Nacional dos Bancários conseguiu, ainda, garantir o abono total dos dias parados. Até esta quinta, 13.123 agências e 43 centros administrativos estavam paralisados, o que representa 55% dos locais de trabalho em todo o país. No Paraná, 75% das agências bancárias foram fechadas, além de nove centros administrativos e cinco financeiras. Em Curitiba e região metropolitana, foram 361 agências e seis centros administrativos paralisados.

Historicamente, a greve mais longa da categoria foi em 1951. Durou 69 dias e resultou na criação do dia dos bancários.

Confira o acordo completo entre bancos privados e trabalhadores

2016

Reajuste de 8% e abono de R$ 3.500 em 2016;

Reposição integral da inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real em 2017 para os salários e todas as verbas;

Vales e Auxílios

Auxílio-refeição - R$ 32,60 (por dia);

Auxílio-cesta alimentação e 13.ª cesta - R$ 565,28;

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 434,17;

Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 371,43;

Gratificação de compensador de cheques - R$ 165,65;

Requalificação profissional - R$ 1.457,68;

Auxílio-funeral - R$ 978,08;

Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 145.851,00;

Ajuda deslocamento noturno - R$ 102,09;

Vale-Cultura, valor de R$ 50, mantido até 31/12/16;

Pisos

Piso portaria após 90 dias - R$ 1.487,83;

Piso escritório após 90 dias - R$ 2.134,19;

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.883,01 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa);

Participação nos Lucros e Resultados (PLR)

PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 2.183,53 limitado a R$ 11.713,59. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 25.769,88;

PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07;

Antecipação da PLR – Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Regra básica - 54% do salário reajustado em setembro de 2016, mais fixo de R$ 1.310,12, limitado a R$ 7.028,15 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro. Parcela adicional equivalente a 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2016, limitado a R$ 2.183,53;

2017

Os valores vigentes em 31/08/2017 serão reajustados pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%.

Participação nos Lucros e Resultados

Para PLR e antecipação da PLR- mesmas regras, com reajustes dos valores fixos e limites pelo INPC/IBGE de setembro/2016 a agosto/2017, acrescido de aumento real de 1%, com data de pagamento de pagamento final até 01/03/2018.

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