Compra compulsiva é considerada uma doença; saiba como identificá-la

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A compra por compulsão é um problema emocional que afeta diretamente o bolso de quem é acometido por ela. Considerada uma doença, a oniomania consiste no ato de adquirir bens desnecessários em excesso e tem como motivação uma vontade incontrolável pelo gasto. Efetuado o consumo, a pessoa costuma ser tomada por uma sensação de arrependimento, gerada pelas compras além da conta.

“A compulsão é uma doença e é diferente do impulso, porque afeta a saúde das pessoas. Esse problema tem o mesmo efeito de uma droga: causa euforia na hora da compra, mas depois traz os sentimentos de vergonha e culpa”, diz a diretora do Serasa Consumidor, Fernanda Monnerat.

Para ajudar a identificar a oniomania, a empresa criou um questionário on-line que indica, por meio de perguntas e respostas, se o comprador é controlado, impulsivo – que se rende, às vezes, a compras fora do esperado – ou se é do tipo compulsivo.

Alguns comportamentos servem como pistas para descobrir se o consumidor possui a doença. Entre as indicadas pelo Guia de Orientação ao Cidadão, formulado pelo Serasa, estão as compras em exagero, os gastos maiores que o imaginado e o ato de esconder as compras de amigos e familiares.

Na estimativa da empresa, 5% da população brasileira sofre dessa compulsão, sendo que de cada cinco pessoas, quatro são mulheres. Segundo Fernanda, a época de fim de ano, com eventos como a Black Friday, o Natal e os saldões, cria um ambiente perigoso para quem sofre deste problema.

Como proceder?

Para se livrar desse mal, a gerente explica que o consumidor que possui a oniomania deve admitir, em primeiro lugar, que é um comprador compulsivo e que é preciso procurar por um tratamento psicológico. Feito isso, a diretora afirma que as pessoas devem criar um planejamento financeiro com metas de curto a longo prazo e se perguntarem, antes de efetivar a compra, se um determinado produto ou serviço é realmente necessário.

“No caminho para as compras há diversas pegadinhas para o consumidor, como as ofertas, os saldões e as pequenas prestações. Mas antes de adquirir os produtos é preciso se perguntar o que realmente vai dexá-lo mais feliz: o pagamento em 12 prestações de um sapato ou ficar com as contas em dia?”