• Carregando...
Em geral, as apólices oferecem aos motoristas apenas assistência em casos de roubo ou furto, com retorno de até 90% do valor da tabela Fipe, além de atendimento 24 horas e outros serviços. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Em geral, as apólices oferecem aos motoristas apenas assistência em casos de roubo ou furto, com retorno de até 90% do valor da tabela Fipe, além de atendimento 24 horas e outros serviços.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A queda nas vendas de veículos novos, que acumula perdas de quase 28% no ano, e no poder aquisitivo brasileiro impulsionou o crescimento dos seguros automotivos compactos, com coberturas limitadas e preços mais acessíveis, que são direcionados para veículos usados e seminovos.

Em geral, as apólices oferecem aos motoristas apenas assistência em casos de roubo ou furto, com retorno de até 90% do valor da tabela Fipe, além de atendimento 24 horas e outros serviços. No entanto, corretores alertam que o comprador deve estar atento para o limite de cobertura, que muitas vezes não compreende sinistros ou danos a terceiros.

Lançado há um ano e meio, o Itaú Auto Roubo aproveita o momento de aperto no orçamento familiar para fornecer um produto acessível a quem não tem seguro – um mercado amplo e inexplorado, que responde por cerca de 70% da frota brasileira, na estimativa de profissionais da área.

O superintendente Vicente Lapenta conta que ao fazer pesquisas com o mercado consumidor, a empresa descobriu que os furtos e roubos eram os riscos mais temidos pelos motoristas, o que contribuiu para formatar o modelo. De acordo com o Itaú, o seguro oferece preços até 50% abaixo dos demais e está disponível para veículos avaliados em até R$ 60 mil.

Além da cobertura, as apólices garantem atendimento 24 horas, guincho para até 300 quilômetros, atendimento a pane seca, troca de pneus e chaveiro. A estimativa da seguradora é que o produto crescerá de 10% a 15% em 2016.

O SulAmérica Auto Compacto segue o mesmo conceito, ao oferecer um serviço para carros de passeios e picapes leves com cobertura compreensiva – colisão, furto, roubo e incêndio –, cobertura para terceiros, assistência 24 horas, guincho para até 400 quilômetros, carro reserva, danos morais e opcionais para troca de vidros, lanterna, farol e retrovisor. O valor limite é de R$ 70 mil e atende veículos com até sete anos de uso. O desconto pode chegar a 20%.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Paraná (Sincor-PR), José Antônio de Castro, a modalidade compacta é mais procurada pelos proprietários de carros seminovos – com até dois anos de uso – e usados.

Se neste ano os zero quilômetro estão em queda, o mercado de usados segue aquecido. Segundo a Federação Nacional de Revendedores de Veículos (Fenauto), de janeiro a abril as vendas cresceram 23,8%. “Os carros novos costumam manter a cobertura completa mesmo neste momento de dificuldade econômica. Mas aqueles que têm três anos de uso ou mais procuram seguros com coberturas mais simples”, afirma.

Cuidados

Entretanto, Castro alerta que ao adquirir os produtos os motoristas devem estar cientes dos limites dos serviços contratados. “Tudo deve ficar bem esclarecido para que o cliente saiba quais serviços ele tem e quais deixará de ter. É preciso analisar bem a diferença de preços, que às vezes não é tão significativa assim, para não se estressar no futuro.”

Seguro popular depende de regulamentação no Paraná

Realidade em alguns estados, os seguros populares ainda não chegaram ao Paraná. A modalidade surgiu com a aprovação da Lei do Desmanche, que foi implantada há um ano no país, mas está em vigor há mais tempo em São Paulo.

A legislação que regulamenta o desmonte reduziu o número de roubos e furtos no estado e possibilitou o uso de peças usadas para o conserto de carros com mais tempo de uso. Para chegar ao Paraná, porém, é necessário que o Detran faça a catalogação e certificação das peças, segundo o Sincor-PR.

De acordo com o diretor-geral da Porto Seguro, Luiz Pomarole, dependendo da região, as apólices populares podem ter preços até 30% menores, o que deve ampliar a cobertura dos seguros. A aposta é que a modalidade “pegue” em locais distantes dos grandes centros, que têm menores índices de roubos. “No mercado alternativo e legalizado é possível comprar peças com até 40% de desconto. Se a gente destravar esse mecanismo, é possível crescer no segmento dos seguros populares e atingir as camadas que não têm um carro zero”, acrescenta.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]