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A nota da estatal segue em “BBB-”, o primeiro degrau do chamado grau de investimento, considerado selo de bom pagador da dívida | Antonio Lacerda/EFE
A nota da estatal segue em “BBB-”, o primeiro degrau do chamado grau de investimento, considerado selo de bom pagador da dívida| Foto: Antonio Lacerda/EFE

A agência Fitch de classificação de risco decidiu manter inalterada a avaliação da Petrobras após a publicação do balanço auditado, que revelou perdas de R$ 6,2 bilhões com corrupção e de R$ 44,6 bilhões com revisão patrimonial devido a projetos superestimados.

A nota da estatal segue em “BBB-”, o primeiro degrau do chamado grau de investimento, considerado selo de bom pagador da dívida. A agência também decidiu tirar a nota de observação negativa, o que significa que não está mais sob revisão imediata. A perspectiva de evolução do rating, no entanto, segue negativa, sugerindo que, se houver mudança, será para pior. No caso da Petrobras, o rebaixamento implicaria em perder o grau de investimento.

Segundo a Fitch, a avaliação afeta cerca de US$ 50 bilhões de dívida da Petrobras, incluindo as das subsidiárias estrangeiras, como a Petrobras Argentina.

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De acordo com a agência, a publicação das demonstrações financeiras auditadas evitou a violação de cláusulas dos contratos de dívida que poderiam acelerar seus vencimentos. “Este risco foi agora mitigado”, afirmou, em relatório.

Para a agência, houve ainda uma melhora em curto prazo do caixa da companhia após o anúncio de US$ 13 bilhões em novos financiamentos do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, aliado à redução dos planos de investimentos e alienações de ativos.

Outras agências

Na quinta (23), as agências de classificação de risco Standard & Poor’s e Moody’s também informaram que o balanço auditado da Petrobras não vai alterar de imediato as avaliações e as perspectivas de nota da estatal.

Segundo Nymia Cortes de Ameida, analista da Moody’s responsável pela avaliação da Petrobras, apesar de a publicação do balanço auditado ser uma mudança positiva para a estatal, a avaliação do rating [nota] continua em revisão. “Estamos avaliando o impacto das informações recebidas na capacidade de crédito da companhia”, afirmou, em comunicado.

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Em 24 de fevereiro, a Moody’s retirou o grau de investimento da Petrobras, ao rebaixar a nota da estatal para Ba2.

Na avaliação da Standard & Poor’s, a publicação do balanço não alterou o cenário-base esperado para a Petrobras, que já incorporava essa evolução com objetivo de evitar a antecipação de pagamentos de títulos. “As baixas contábeis de R$ 44,6 bilhões pela reavaliação de ativos [impairment] é de R$ 6,2 bilhões por corrupção, que juntas contam com 9% do conjunto de ativos da companhia, não têm efeito no caixa da companhia”, destacou, em relatório.

Para a agência, as incertezas de prazo intermediário – habilidade de elevar a produção e reduzir o endividamento – seguem inalteradas. “Isso também incorpora as incertezas em relação às investigações de corrupção, multas potenciais, e a capacidade da empresa de recuperar seu acesso ao mercado de capitais”, afirmou.

Na S&P, a nota da Petrobras está em BBB-, último nível de grau de investimento.

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