A corrupção foi incluída explicitamente entre os problemas econômicos do Brasil pelo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, ao apresentar, nesta terça-feira (14), o relatório Panorama Econômico Mundial. Ele foi mais direto do que são geralmente os funcionários internacionais quando falam em público.
A investigação da Petrobras é citada três vezes no relatório, em diferentes capítulos, como uma das explicações da baixa confiança dos empresários e, portanto, da retração dos investimentos produtivos. Mas a palavra síntese apareceu somente na entrevista coletiva.
“Nós achamos corretas as medidas tomadas no front macroeconômico, mas os problemas do Brasil vão claramente além do macro. Ele [o país] tem um problema de corrupção, como sabemos, e que esperamos será resolvido. Também são necessárias reformas estruturais de todos os tipos. Então, focamos no macro, mas claramente há mais do que isso.”
A economia brasileira deve encolher 1% neste ano e crescer 1% em 2016, segundo o FMI. Se as estimativas se confirmarem, o desempenho do Brasil será um dos piores do mundo. O produto global deve expandir-se 3,5% em 2015 e 3,8% em 2016. A expectativa para as economias desenvolvidas é de um avanço de 2,4% em cada um dos dois anos.
O ritmo chinês, freado pela política de ajustes e de reformas, diminuirá de 7,4% em 2014 para 6,8% e, em seguida, 6,3%. A Índia passará à frente, com taxa estimada de 7,5% em 2015 e repetida em 2016.
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