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Renato Greidanus aproveitou o evento para anunciar que a cooperativa agora se chama Frísia. | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Renato Greidanus aproveitou o evento para anunciar que a cooperativa agora se chama Frísia.| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

O momento positivo da cadeia de suínos no Paraná — após quatro anos mergulhada na crise em função dos elevados custos de produção e baixos preços recebidos pelos produtores — voltou a mobilizar novos investimentos no setor. A Cooperativa Agroindustrial Batavo, que agora passou a se chamar Frísia, com sede em Carambeí (Campos Gerais), inaugurou nesta quinta-feira (6) uma nova Unidade Produtora de Leitões (UPL). De acordo com diretores da empresa, a granja reúne tecnologias pioneiras para ser a mais moderna do Brasil. A UPL tem capacidade de alojar 5 mil matrizes e pode chegar a uma produção semanal de 2,9 mil leitões.

O novo projeto foi formatado com foco no bem-estar animal e na sustentabilidade. Os animais permanecerão em baias amplas e coletivas, com climatização, durante todo o período de gestação. A operação começa já neste mês, mas os primeiros animais só devem ser repassados aos suinocultores em abril de 2016.

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O UPL irá funcionar como granja de reprodução e produtora de leitões. Os animais irão passar aproximadamente 63 dias no local, sendo 21 na “maternidade” com a mãe, até serem desmamados (com cerca de seis quilos), e depois na “creche”, onde permanecerão até atingir 22 quilos. Posteriormente, os suínos serão repassados aos cooperados para a engorda. Quando atingir o peso ideal, os animais serão entregues para a Unidade Industrial de Carnes da Intercooperação (UIC), que processa em parceria com terceiros e/ou produz para a marca Alegra Foods, com foco nos mercados interno e externo.

O presidente da Frísia, Renato Greidanus, diz que o investimento ajuda a reduzir a ociosidade da indústria. “Hoje os cooperados possuem 6 mil matrizes e com essa UPL teremos mais 5 mil. Quando atingirmos a capacidade máxima, a oferta representará 25% da capacidade do frigorífico”, salienta.

A estrutura exigiu um investimento de R$ 40 milhões, dos quais R$ 13 milhões são recursos próprios da cooperativa. Para aderir ao sistema, os cooperados também precisaram investir nas granjas, resultando em um aporte complementar de R$ 40 milhões.

Frimesa

A Frimesa também irá fazer investimentos na área de suinocultura. A cooperativa de Medianeira (Oeste do estado) está “alinhando os últimos detalhes do projeto” de construção de um frigorífico de suínos. Inicialmente, o local escolhido é o município de Assis Chateaubriand, distante 150 quilômetros de Medianeira.

Segundo informações do mercado, as obras devem começar em 2017, com inauguração prevista para 2021. O investimento seria em torno de R$ 450 milhões, na primeira fase, para colocar de pé uma estrutura com capacidade de abater 14 mil animais/dia. A diretoria da Frimesa não irá detalhar o projeto enquanto não estiver finalizado.

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