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O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse nesta quarta-feira (27) que o governo federal está promovendo ajustes que podem implicar na venda de ativos de geração e transmissão de eletricidade, além do conhecido processo de venda de distribuidoras.

O programa de desinvestimento faria parte de um esforço do governo federal para reduzir gastos e de reestruturação do setor, segundo Braga, que participou de evento do setor elétrico.

“(É uma necessidade) de gestão e não apenas de desinvestimento”, disse Braga a jornalistas após participar da abertura do Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase). “É um trabalho contínuo de reestruturação do setor elétrico e empresa públicas. Fizemos isso com tarifas, agora enfrentamos geração e transmissão”, disse ele.

Ao ser questionado se esse desinvestimento faria parte do programa de ajuste fiscal da área econômica do governo, Braga foi evasivo. “Isso faz parte do fortalecimento financeiro do setor elétrico para que a gente possa investir naquilo que seja estratégico e prioritário nesse momento”, disse ele. “Estamos frequentemente conversando com o governo sobre a estratégia no setor”, acrescentou.

Apesar de não ter adiantado que ativos de geração e transmissão podem ser vendidos, o ministro afirmou que o governo federal pretende iniciar o processo de venda das distribuidoras de energia controladas pela Eletrobras.

Braga afirmou que a primeira da lista é a Celg, que atende o mercado de Goiás. A ideia, segundo ele, é realizar a venda da distribuidora no último trimestre deste ano.

“Entendemos que a distribuição em sistemas isolados não há viabilidade (econômica); mas em mercados maduros é desnecessário o governo federal investir nessas áreas”, disse o ministro ao ser questionado sobre a possibilidade de venda de distribuidoras de Alagoas e Piauí.

Perguntado sobre a oferta de eletricidade no país, o ministro afirmou que o cenário de racionamento de energia ficou para trás e que a meta é adicionar 6.200 megawatts (MW) ao sistema brasileiro em 2015. Segundo o ministro, foram adicionados 2 mil MW até abril.

Além disso, Braga afirmou que espera no segundo semestre levar à presidente Dilma Rousseff opções e propostas sobre a expansão da fonte de energia nuclear no Brasil.

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