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Longas filas de pensionistas se acotovelando para entrar em um número limitado de bancos abertos  se espalham pela Grécia | Yannis Kolesidis/EFE
Longas filas de pensionistas se acotovelando para entrar em um número limitado de bancos abertos se espalham pela Grécia| Foto: Yannis Kolesidis/EFE

Os bancos gregos vão reabrir assim que o país chegar a um acordo com credores internacionais, que pode ser fechado imediatamente após o referendo de domingo (5), disse o ministro de Estado da Grécia, Nikos Pappas, nesta quinta-feira (2).

Pappas, um dos principais conselheiros do primeiro-ministro Alexis Tsipras, afirmou a jornalistas que o sistema bancário voltará ao normal “no minuto que tivermos um resultado claro”.

“Os bancos vão reabrir assim que tivermos um acordo”, disse ele, acrescentando que o governo “nunca consideraria” um corte nos depósitos.

Longas filas de pensionistas se acotovelando para entrar em um número limitado de bancos abertos especialmente para pagar benefícios de aposentadoria se tornaram um símbolo poderoso da miséria diante da Grécia e dos problemas crescentes para Tsipras.

Ministro de Finanças da Grécia diz que renuncia se plebiscito aprovar acordo

O ministro afirmou ainda confiar que a maioria votará pelo “não” e repetiu o discurso de que esse resultado não significa a saída da Grécia da zona do euro

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Com os bancos fechados e controles de capital impostos para proteger o sistema financeiro do colapso, a gravidade dos problemas diante do país se torna mais clara a cada dia.

O governo de esquerda de Tsipras subiu ao poder em janeiro prometendo proteger aposentados, e muito do desgaste nas relações com credores internacionais centrava-se em sua recusa em aceitar os cortes em aposentadorias exigidos pelos credores.

Restrição

Ciente do fato de que muitos gregos mais velhos não usam cartões de crédito ou débito e portanto não têm acesso a caixas automáticos, o governo ordenou que mil bancos abrissem em todo o país para pagar um máximo de 120 euros e emitir cartões.

Porém, com isso criou uma lembrança constrangedora dos custos que o enfrentamento com credores está inflingindo sobre uma sociedade já profundamente afetada por mais de cinco anos de austeridade dura imposta por sucessivos acordos de resgate.

Em um país onde uma em cada quatro pessoas na força de trabalho não tem emprego, o drama dos pensionistas, cujos benefícios mensais muitas vezes podem ser a única fonte de renda para famílias, é uma situação muito sensível.

Governo grego lança site oficial com informações do referendo

Página vai ao ar com um relógio que faz contagem regressiva para até o dia da votação

A dois dias e vinte horas da data do referendo popular para decidir se a Grécia aceita as condições dos credores para continuar a receber auxílio no pagamento de sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o governo grego lançou um site oficial com informações sobre a votação.

Além de um relógio com contagem regressiva até o domingo, a página, que conta com versão em inglês e grego, traz informações a respeito do que será decidido e locais aos quais os gregos precisarão se dirigir para votar.

Administrado pelo Secretariado Geral de Comunicação da Grécia, o site tem uma seção chamada “Eles também fizeram.” Nela, o governo grego lista os vários países que já convocaram referendos para decidir seu envolvimento com a União Europeia. Em ordem cronológica, ele começa listando o caso da Dinamarca, que em uma votação em 2000 decidiu não adotar o euro como moeda.

No total, são listados oito referendos entre 2000 e 2010, com uma pequena explicação do que foi votado e o resultado final. O mais recente é o da Islândia, em março de 2010, no qual a população do país decidiu, por 98% a favor e 2% contra, não reembolsar os depósitos de ingleses e holandeses que tinham conta no banco privado Landsbanki, que faliu durante a crise financeira que tomou o país em 2008.

Documentos

O site também possui cópias em formato .pdf de uma análise do FMI sobre a dívida grega; de um resumo de 12 páginas indicando as reformas e medidas a serem tomadas pelo governo grego para completar o programa de austeridade atual; e de um documento indicando as necessidades de financiamento da Grécia para pagar suas dívidas.

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