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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está em alerta com possíveis efeitos da greve de caminhoneiros iniciada nesta segunda-feira (9), temendo problemas no transporte de carne de aves e suínos e nas exportações, em um mês considerado crucial para o setor.

Grupos de caminhoneiros interromperam diversos pontos em estradas do país, em protestos contra a presidente Dilma Rousseff.

No primeiro semestre, outra paralisação de motoristas gerou prejuízos de mais de R$ 700 milhões para as indústrias de aves e suínos, segundo a ABPA.

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“Agora é mais sério. Alguns mercados compradores, como Rússia e Leste Europeu, estão exigindo que tudo seja carregado até 20 de novembro ou no máximo até o fim do mês”, disse o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, temendo que a greve possa prejudicar as exportações.

O Brasil é o maior exportador global de carne de frango, contando com empresas como JBS e BRF.

Os importadores de países do Hemisfério Norte trabalham sempre com um cronograma intenso de compras antes que as baixas temperaturas do inverno congelem acessos portuários.

Segundo Turra, as empresas brasileiras temem “perder a grande oportunidade de recompor os volumes (que deixaram de ser exportados em meses anteriores) e fechar bem o ano”.

Em outubro, os embarques de frango já haviam sido impactados por dificuldades operacionais no porto de Itajaí (SC), principal ponto de embarque deste tipo de carga, em função de chuvas.

Negociação

Segundo Turra, a associação alertou a Presidência da República há 20 dias sobre os rumores de greve e seus potenciais impactos, pedindo uma solução negociada entre governo e manifestantes.

Um dos grupos organizadores da paralisação, o Comando Nacional do Transporte, que se organiza por redes sociais, disse que deseja a renúncia da presidente Dilma, na esteira do aumento dos custos de combustíveis e energia e com a recessão econômica.

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