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Equipe da Calamar, que investe em uma inteligência artificial chamada Bigode | Paulo Arias/Divulgação
Equipe da Calamar, que investe em uma inteligência artificial chamada Bigode| Foto: Paulo Arias/Divulgação

Tem um grupo de desenvolvedores que, definitivamente, quer esvaziar os call centers. Se os serviços de chatbots parecem caminhar a um passo um pouco lento, apesar da frenesi que causaram (sobretudo na abertura do Messenger para tais ferramentas), uma iniciativa pode popularizá-los a um nível semelhante dos aplicativos de smartphone: as empresas estão barateando o custo para construir estes robôs com serviço de assinatura.

A mais recente a embarcar na onda é a Calamar, de Minas Gerais. A empresa diz que pode reduzir em 50% o tamanho dos centros de atendimento com sua ferramenta de inteligência artificial programada para interpretar as falas e oferecer respostas condizentes. Bigode, nome do bot, já é usado na construção de chatbots feitos sob demanda. Mas, nas próximas semanas, terá uma versão por assinatura que, de acordo com um dos sócios da empresa, Thiago Christof, vai tornar “mais acessível” ter tal tecnologia.

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Chatbots

São robôs capazes de se comunicar imitando a linguagem humana. Em vez de uma pessoa se comunicando com o usuário via serviço de mensagem, é um software que faz isso. Eles aprendem na medida que são usados, pois incorporam novas expressões e melhoram a sua análise textual – esse conceito se chama machine learning.

Por exemplo, há vários bots de serviço meteorológico no Messenger do Facebook -- Yahoo Weather, Poncho, etc... Quando você abre uma aba de conversa com um destes bots e digita “clima”, ele vai entender que você quer saber qual é a previsão de te mostrará mínima e máxima do dia.

Para as empresas, isso serve como um atendente virtual. Em um e-commerce de camisetas, por exemplo, pode haver um espaço para tirar dúvida. Se você digita “camiseta masculina M”, o sistema inteligente entende e te dá opções que se enquadrem nesta pesquisa.

Para isso, ele usa o processamento geral de informações da ferramenta com alguma personalização, para se encaixar no fim a que se destina.

“Vamos plugar nossa inteligência no canal que a pessoa quiser [Messenger do Facebook ou site, por exemplo]. O modelo de cobrança vai ser baseado no tamanho da empresa: se é um volume pequeno de tráfego de informações, vai pagar mais barato”, conta.

“Queremos que 50% do atendimento de uma empresa seja automatizado. O cliente dessa empresa resolverá seu problemas por ali e só chegará a um atendente humano em casos específicos”, garante.

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Apesar disso, a empresa ainda não estipulou as faixas de preço. Mas garante valores mais baixos em relação ao desenvolvimento de um chatbot próprio, saído do zero. Estima-se hoje, que o desenvolvimento de uma ferramenta assim não saia por menos de R$ 2 mil -- e em suas versões mais simples.

A ComTodos, de São Paulo, já tem um serviço de assinatura. Custa R$ 120. Hoje, assinam o serviço da empresa salões de beleza, laboratórios de farmácia e e-commerces, por exemplo. O software inteligente da empresa pode ser aplicado ao bate-papo do Facebook, ao Telegram ou ao site.

Outra que já está no mercado é a Zapdesk, que tem desenvolvido chatbots por assinatura para nichos específicos. O primeiro é para pizzarias. Os interessados, donos de estabelecimentos, pagam uma mensalidade de R$ 80 e têm um atendente virtual capaz de compreender as grafias e realizar parte do trâmite necessário em um pedido de pizza. Também usa as plataformas do Facebook e de outro serviços de bate-papo.

A companhia adiantou ao Mobile Time que pretende lançar nos próximos meses suas versões para salão de beleza (ZapBeauty) e clínicas médicas (ZapClinic).

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