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A inflação fez com que o brasileiro começasse o ano em alerta. O acumulado de 2015 fechou com alta de 10,48%, bem acima do rendimento da poupança no mesmo período, que foi de 7,29%. Isso forçou muita gente a procurar novas formas de investimento para começar 2016 protegendo seu poder de compra. Mas para onde correr?

INFOGRÁFICO: Veja o resultado de algumas aplicações em 2015

Para o professor doutor de Economia e Matemática Financeira da UniCesumar Daniel Eduardo Santos, uma estratégia é pensar em investimentos que levem em conta a variação da inflação em seus resultados. Ainda que o índice tenha uma desaceleração em relação a 2015, o acumulado de 2016 deve ficar em torno de 7% e, por isso, as aplicações pós-fixadas se tornam a melhor opção para quem quer investir. E o destaque é o Tesouro Selic, considerado um dos mais conservadores e menos arriscados do mercado exatamente por acompanhar a Taxa Selic, que é de 14,25% e sem previsão de queda no próximo ano.

Já para quem está olhando um pouco mais para o futuro, as letras de crédito LCI e LCA e o CDB são outras boas opções para médio prazo. “O LCI e o LCA são isentos do imposto de renda para pessoa física, o que faz com que os seus rendimentos sejam um pouco mais vantajosos. E o CDB também pode ser indexado à taxa básica de juros, o que faz dele outra opção interessante neste momento”, conta o consultor e coordenador do curso de finanças pessoais da Universidade Positivo, Raphael Cordeiro. Contudo, nesses casos, o investidor vai usar seu poder de barganha. “É preciso negociar esses rendimentos, que podem variar entre 10 e 15% do montante total. Em bancos menores, é possível alcançar até 17%”.

17% ao ano

é o rendimento que se pode alcançar em aplicações de renda fixa em bancos menores, conforme poder de negociação do investidor.

Cordeiro sugere ainda uma terceira via para aqueles que não estão preocupados com prazos e pensando em investimentos mais longos, que podem ter no IPCA+ uma boa saída para esses tempos conturbados. “Por ser um investimento para o futuro, é impossível prever como vai estar a economia daqui a 10 ou 20 anos, então a vantagem é que ele protege o investidor contra a inflação, o que faz dele uma aposta bem segura”.

Mas o principal ponto para quem está pensando em investir em 2016 é traçar um objetivo. Para Santos, o investidor deve pensar no prazo mínimo do resgate e a remuneração líquida para, então, saber qual tipo de aplicação apostar . “Estes parâmetros básicos já dão uma orientação sobre as opções disponíveis. A seguir, é importante balizar os riscos de cada investimento, considerando os pontos anteriores”, conclui.

Outras opções no mercado exigem cuidado

Outros investimentos exigem atenção. No mercado imobiliário, Raphael Cordeiro acredita que o cenário ainda pode piorar, mas que esse é um processo lento e que pode ser aproveitado para se reverter em rendimentos. “Há dois anos, parecia loucura investir em imóveis, mas hoje já parece mais lógico”, conta o consultor. Segundo ele, a queda nos preços pode facilitar a aquisição, mas isso não quer dizer que será fácil encontrar inquilinos. “Mas é melhor comprar com desconto agora e ficar com o apartamento vazio por um ano do que esperar o mesmo tempo e pagar mais caro”.

A situação se complica para o câmbio internacional. “Investir em dólar neste momento significa que já estará se pagando uma cotação alta e, para se ganhar dinheiro, esta cotação precisará se ampliar ainda mais”, explica Daniel Eduardo Santos.

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