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Pequena hidrelétrica em Campina Grande do Sul: projetos do Paraná em leilão podem ter investimento de mais de R$ 700 milhões. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Pequena hidrelétrica em Campina Grande do Sul: projetos do Paraná em leilão podem ter investimento de mais de R$ 700 milhões.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O leilão A-5 que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza nesta quinta-feira (30) terá a participação de cinco pequenas hidrelétricas projetadas para o Paraná. O certame – que tem predomínio de termelétricas a carvão e gás natural – vai negociar a energia que começa a ser gerada daqui a cinco anos.

As pequenas hidrelétricas poderão vender sua energia por até R$ 210 o megawatt-hora (MWh). O preço-teto, superior ao permitido em dois leilões realizados no ano passado, foi bem recebido pelas empresas interessadas em construir esse tipo de usina, que o consideram capaz de viabilizar boa parte dos projetos em estudo no país. A venda de energia em leilões da Aneel facilita a tomada de empréstimos no BNDES, que considera os contratos como garantia de pagamento do financiamento.

Os nomes dos projetos são mantidos em sigilo pela Aneel e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), responsável pela habilitação. Serão conhecidos apenas ao fim do leilão, se negociarem energia. Foi anunciada apenas a usina de Itaocara (RJ), com 150 MW, única hidrelétrica de médio porte que conseguiu se habilitar.

Três usinas médias do Paraná – Apertados (139 MW) e Ercilândia (87 MW), no Rio Piquiri, e Telêmaco Borba (109 MW), no Tibagi – estavam inscritas para o certame, mas foram excluídas porque não conseguiram licença ambiental prévia. O governo federal já quis licitá-las em leilões anteriores, mas desistiu pelo mesmo motivo.

Mais de R$ 700 milhões

A potência total dos cinco projetos paranaenses é de 104 megawatts (MW), energia capaz de abastecer uma cidade com aproximadamente 300 mil habitantes. Quatro delas terão potência inferior a 30 MW e, por isso, são enquadradas como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). A quinta está ligeiramente acima desse limite, com 32 MW de capacidade planejada.

Considerando-se um custo de construção de R$ 7 milhões por MW instalado, estimado pela Associação Brasileira de Fomento às PCHs (AbraPCH), a construção dessas cinco pequenas usinas pode consumir investimentos de mais de R$ 700 milhões.

Térmicas dominam

Ao todo, o leilão contará com 656 MW de 28 projetos hidrelétricos pequenos e médios. Estão habilitadas 13 termelétricas a biomassa, com 538 MW. A maior potência na disputa é a das sete termelétricas a gás natural, com 4,3 mil MW, seguidas por duas termelétricas a carvão (1,2 mil MW).

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