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De acordo com o Levy, o mercado começa a ver que é possível ter uma inflação “perto da meta” em 2016 | Fernando Bizerra Jr./Efe
De acordo com o Levy, o mercado começa a ver que é possível ter uma inflação “perto da meta” em 2016| Foto: Fernando Bizerra Jr./Efe

De olho no ajuste fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira (20) que vai concentrar esforços para aprovar o projeto de lei que reduz a desoneração da folha de pagamento.

“Estamos focados em conseguir avançar na questão de reverter a desoneração da folha, porque ela não tem se mostrado tão efetiva”, disse a jornalistas, em Nova York, EUA. “É bem importante estarmos focados nisso para encontrar uma solução rapidamente”, afirmou. De acordo com Levy, aos poucos, a compreensão das empresas sobre a medida tem aumentado.

O governo tem enfrentado resistência para aprovar o projeto de lei em questão, que eleva em até 150% as alíquotas da contribuição previdenciária paga pelas empresas que são beneficiadas pela desoneração – criada em 2011 e expandida para 56 setores de forma permanente no ano passado.

Inflação

O ministro comentou ainda o esforço do Banco Central para que a inflação convirja para o centro da meta, de 4,5%, em 2016. “Esse é um objetivo que a gente tem que perseguir muito. Isso é muito importante, muda a percepção dos agentes econômicos, das pessoas, sobre a capacidade do Brasil ter crescimento com inflação mais baixa”, disse.

De acordo com o Levy, o mercado começa a ver que é possível ter uma inflação “perto da meta” em 2016. Ele lembrou que o boletim Focus, do Banco Central, aponta para uma expectativa de inflação de “cinco e pouco” no ano que vem.

O boletim mais recente, divulgado nesta segunda, aponta inflação de 5,6% em 2016.

“Eu acho que a gente pode fazer melhor do que isso, tem que continuar perseverando, completar o ajuste fiscal no Congresso, enfim, fazer todas aquelas etapas para que o Brasil volte a crescer”, afirmou.

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Agenda

Levy participou de encontro com investidores e de um almoço da sede do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) em Nova York. Ele lembrou que a presidente Dilma Rousseff visitará os Estados Unidos em junho, em visita de trabalho a Washington.

“A presidente está vindo para os EUA e ela está querendo uma aproximação com o setor econômico. E todos nós temos que participar desse trabalho”, disse.

O ministro citou o trabalho do ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, na facilitação do comércio – ”uma área muito importante para nós”, afirmou – e da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para melhorar o reconhecimento da qualidade da produção agropecuária brasileira.

“É um trabalho conjunto, para a gente conquistar mercado, ser mais competitivo, e, inclusive, nos aproximarmos mais dos Estados Unidos, que são um grande parceiro [do Brasil]”, disse.

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