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Thomas C. Corley passou cinco anos entrevistando mais de 200 milionários para saber o que todos tinham em comum e, o mais importante, como ficaram ricos. Como resultado desse trabalho, Corley escreveu dois livros: Rich Habits: The Daily Success Habits of Wealthy Individuals (algo como “Hábitos Ricos: Os hábitos diários de sucesso dos indivíduos ricos”) e Rich Kids: How To Raise Our Kids To Be Happy And Successful In Life (ou “Crianças ricas: Como criar nossas crianças para serem felizes e bem-sucedidas na vida”).

A premissa básica levantada por Corley é a de que a maioria das pessoas fica rica ou porque tem um espírito empreendedor e aprendeu a negociar absolutamente ou porque aprenderam táticas para gastar menos e guardar o dinheiro que sobra. 

O lema aqui é que tudo é negociável, do preço da roupa ao do carro, e o mais importante: quanto mais caro o item, maior a possibilidade de desconto.

Reunimos aqui algumas das descobertas de Corley, compartilhadas por ele também no site especializado em negócios e finanças Business Insider, sobre como as pessoas ricas vivem e gastam o seu dinheiro e que podem ser copiadas pelos “meros mortais”:

1. Carros

Procure bons carros usados de qualidade, com dois ou três anos de uso (isto é, os semi novos, no jargão brasileiro). Os novos perdem valor logo que saem da concessionária. 44% dos ricos que Corley ouviu para escrever seus livros fazem isso.

Se você quiser muito um carro novo, afinal esta nem sempre é uma escolha puramente racional, vale fugir dos modelos que mais desvalorizam. 

A Agência Autoinforme faz anualmente um estudo que compara mais de uma centena de modelos novos, nacionais e importados, das principais marcas que comercializam no país. E revela qual é o valor de depreciação de cada um deles, baseado nos valores reais praticados no mercado — e não de tabela da fábrica. O último levantamento, de 2017, traz o Citrën Aircross e o BMW Serie 5, entre outros, na lista dos que mais desvalorizam.

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2. Roupas e outros bens do dia a dia

Segundo Corley, pelo menos 30% dos ricos usam cupons de desconto no seu dia a dia nos Estados Unidos. E essa é uma regra que vale para todos os lugares: não abra mão de aproveitar descontos vindos de convênios, por exemplo. 

Um clube de assinatura de um produto ou serviço, por exemplo, pode se pagar facilmente se agregar bons descontos em estabelecimentos que você costuma frequentar e acaba ganhando uma importância no seu bolso que vai além do produto ou serviço contratado inicialmente. 

3. Viagens

Planejar com antecedência e não abrir mão dos cartões de crédito que oferecem os melhores programas de milhas são dois conselhos aqui. 

Ainda no ano passado, um levantamento da associação de consumidores Proteste feito a pedido da revista Exame mostrou que o melhor cartão de crédito tradicional para o acúmulo de milhas era o Caixa Elo Nanquim. Para clientes com renda mínima de R$ 15 mil, ele permite acumular 2,3 pontos a cada dólar gasto no cartão.

Entre os cartões feitos em parceria entre programas de pontos, companhias aéreas e instituições financeiras, o melhor foi o Multiplus Itaucard 2.0 Black Mastercard, que permite o acúmulo de 2,5 pontos por dólar gasto.

O levantamento foi feito com base na calculadora de milhas da Proteste: http://www.proteste.org.br/calculadora-de-milhas.

4. Imóveis

No levantamento de Corley, 64% dos entrevistados costumam manter as despesas dentro de parâmetros modestos, mesmo que passem a ganhar mais dinheiro. Isso inclui manter as despesas com moradia, por exemplo, dentro dos 30% da receita mensal. 

Além disso, mesmo nos EUA, onde o crédito é barato, Corley conta que o investimento em imóveis próprios não é uma regra entre os mais ricos. 

Se considerado um dos principais hábitos dos entrevistados de Corley, que é tomar apenas “riscos calculados”, espera-se que o investimento em imóveis só ocorra se você realmente tiver estudado um pouco mais sobre o setor e souber o real custo-benefício de apostar nessa área.

No Brasil, país em que os juros continuam altos apesar da queda recente, alugar um imóvel para morar ou trabalhar e investir o dinheiro em outros ativos também parece a decisão mais acertada. A exceção parece ser o momento atual.

Ainda que a retomada para valer, aquela com preços indo além da inflação, com um volume considerável de lançamentos e com um ritmo mais estável nas vendas seja vislumbrado só a partir de 2018, a hora de voltar a investir no setor é agora. Antes que a Selic fique muito abaixo dos 7% ao ano, antes que o estoque volte a ser reposto e antes que os imóveis comerciais voltem a ser ocupados, alerta quem entende do assunto. 

Mas, atenção, o recado é mais para quem é investidor e menos para quem está à procura do primeiro imóvel.

Quer uma dica? Fique de olho no cenário político antes de aplicar suas economias. 🤑🤑

Publicado por Vida Financeira e Emprego em Quinta-feira, 4 de janeiro de 2018
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