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“Temos preocupação com a Petrobras, sim, e é preciso entender que os preços não sobem na bomba de gasolina há mais de nove anos.”Edison Lobão, ministro de Minas e Energia | Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr
“Temos preocupação com a Petrobras, sim, e é preciso entender que os preços não sobem na bomba de gasolina há mais de nove anos.”Edison Lobão, ministro de Minas e Energia| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, defendeu nesta quinta-feira (21) o aumento de 10% no preço dos combustíveis, mas não confirmou o aumento. A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, por sua vez, afirmou que a empresa precisa de aumento de combustíveis para aliviar seu caixa, acrescentando que o percentual da alta ainda está sendo discutido com o governo.

Lobão diz que há muito tempo o Ministério da Fazenda, da Energia e a Petrobras fazem simulações de reajustes no impacto da inflação. "Não há aumento de preços ao consumidor há nove anos", disse Lobão, para justificar a pressão da Petrobras para aumentar o preço dos combustíveis.

"Nós precisamos de um aumento porque evidentemente você vê uma variação do Brent que desceu, mas o câmbio está subindo. Então a paridade de preço está bastante defasada dos preços internacionais", afirmou Graça Foster, acrescentando, porém, que nada foi determinado ainda. "Nós não temos nenhum percentual de aumento da gasolina e nenhuma data específica para que aconteça qualquer percentual".

Nesta quinta-feira, o petróleo Brent caiu a uma mínima de 18 meses, com a piora do cenário econômico global , mas o câmbio no Brasil está firme , o que não muda muito a situação do caixa da empresa na comparação com a situação à verificada quando o petróleo estava em patamares mais altos. A presidente da Petrobras disse na semana passada que a defasagem de preços atual é a mesma quando o Brent estava a US$ 125 (o barril) e o dólar entre R$ 1,65 e R$ 1,70.

Na quarta-feira, o próprio ministro havia afirmado que qualquer aumento só será decidido após o detalhamento do Plano de Negócios da Petrobras, previsto para dia 25. "A gente vai avaliando e estudando o cálculo possível de impacto na inflação. Mas fazemos isso há muito tempo. Essas simulações são feitas pela Petrobras, Ministério da Fazenda, e Ministério das Minas e Energia, até para ver como ficam os investimentos da Petrobras", completou Lobão.

Quando questionado se o governo poderia usar subsídios da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para minimizar o impacto do aumento dos preços ao consumidor, Lobão disse achar pouco provável, porque esse recurso já está no limite. "Aí (se isso for usado) esgota-se a Cide", disse Lobão. Hospedado no mesmo hotel da presidente Dilma Rousseff no Rio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não quis falar sobre reajuste da gasolina. "Não confirmo nada", disse Mantega à imprensa.

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