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| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Arquivo

O lucro líquido contábil do Bradesco totalizou R$ 4,134 bilhões no segundo trimestre, montante 7,6% inferior ao registrado em igual intervalo do ano passado, de R$ 4,473 bilhões. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, porém, foi identificada elevação de 0,3%.

O lucro líquido contábil veio em linha com a projeção de analistas. A cifra foi 1,24% menor do que a de R$ 4,186 bilhões indicada pela média da projeção de 15 casas consultadas pelo Broadcast (Deutsche Bank, Goldman Sachs, BTG Pactual, Credit Suisse, Bank of America Merrill Lynch, Brasil Plural, Citi, JP Morgan, Morgan Stanley, UBS, Safra, Santander, Votorantim e duas casas que preferiram não ser identificadas).

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O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, considera que a variação veio em linha com as expectativas do mercado quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

No conceito ajustado, o resultado do Bradesco foi de R$ 4,161 bilhões, também queda de 7,6%. No comparativo trimestral, contudo, subiu 1,2%. A diferença entre o lucro líquido contábil e ajustado se deu, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, por passivos contingentes.

O resultado ajustado do segundo trimestre no comparativo com o primeiro, segundo a instituição, reflete a queda, nesse período, das despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, devido ao impacto do agravamento de rating de um caso específico de cliente corporativo entre janeiro e março.

O banco não revelou o nome do cliente, mas seria, segundo analistas, a Sete Brasil, que entrou com pedido de recuperação judicial. Esse caso, conforme o Bradesco, teve efeito de R$ 365 milhões no segundo trimestre, depois do impacto de R$ 836 milhões no período anterior.

No semestre, o lucro líquido ajustado do Bradesco foi a R$ 8,274 bilhões, retração de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 8,778 bilhões.

Os ativos totais do Bradesco foram a R$ 1,105 trilhão ao final de junho, montante 7,3% maior do que o registrado um ano antes, de R$ 1,030 trilhão. Em relação a março, quando a cifra estava em R$ 1,102 trilhão, foi identificada leve alta de 0,3%.

A carteira de crédito do Bradesco encerrou junho em R$ 447,492 bilhões, cifra 3,4% menor em relação ao mesmo mês do ano passado, de R$ 463,406 bilhões. No comparativo trimestral, quando estava em R$ 463,208 bilhões, foi registrada a mesma variação de queda.

O encolhimento da carteira foi ditado, principalmente, pelos empréstimos às pessoas jurídicas, que diminuíram 6,7% em um ano e 5,3% em relação ao primeiro trimestre, para R$ 298,573 bilhões. Na contramão, o crédito à pessoa física cresceu 3,8% e 0,8%, respectivamente e na mesma base de comparação, totalizando R$ 148,919 bilhões.

O patrimônio líquido do Bradesco atingiu R$ 96,358 bilhões no segundo trimestre, elevação de 10,8% em um ano, quando estava em R$ 86,972 bilhões. Na comparação com o primeiro trimestre, quando somou R$ 93,330 bilhões, foi vista expansão de 3,2%. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE, na sigla em inglês) foi a 17,4% em junho, ante 17,3% em março e 20,8% em igual mês de 2015.

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