As medidas econômicas anunciadas nesta terça-feira (24) pelo governo interino de Michel Temer (PMDB) foram bem recebidas pela Febraban, que representa os bancos. Nas palavras da entidade, “são (medidas) muito positivas e importantes para o país” e que “podem ter impacto imediato na redução do endividamento público, como o pré-pagamento pelo BNDES de recursos transferidos pelo Tesouro e o uso do fundo soberano para redução da dívida”.
Para a Febraban, há também medidas que envolvem “mudanças estruturais de grande envergadura”. Entre estas, diz a entidade, estão o limite de crescimento real zero para as despesas públicas e a simultânea flexibilização de regras para despesas obrigatórias.
Dólar cai e Bolsa sobe; mercado avalia medidas e espera votação de meta fiscal
Leia a matéria completa“Penso que os anúncios feitos hoje contribuirão para acelerar o processo em curso de retomada da confiança no futuro por parte de empresários e consumidores. Esta confiança é essencial para a volta do crescimento econômico e da geração de emprego”, disse Murilo Portugal, presidente da Febraban, em nota.
A entidade acrescentou ainda que a reforma da previdência e o a “adequação do programa de concessões de serviços públicos às realidades do mercado” contribuirão para este processo de retomada.
Goldman Sachs
Ao final da coletiva de Henrique Meirelles (Fazenda), o banco americano Goldman Sachs enviou relatório, assinado pelo economista Alberto Ramos, aos clientes no qual classificou o anúncio das medidas como um “desenvolvimento positivo que poderá ajudar a melhorar a baixa eficiência das despesas públicas e evitar uma maior deterioração do quadro fiscal”.
O material também salienta que a nova equipe econômica, liderada por Meirelles, gerou um “choque de confiança e credibilidade, mas que por si só não é suficiente para entregar um ajuste fiscal da magnitude necessária”, de cerca de 5% do PIB, segundo as estimativas do banco. “A eficácia da nova equipe econômica em superar as dificuldades atuais dependerá sobretudo do grau de apoio político e da capacidade da administração Temer para construir pontes e garantir o apoio necessário no Congresso”, reforçou Ramos.
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