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As projeções de economistas de instituições financeiras para a economia e a inflação no Brasil voltaram a piorar de forma generalizada, com as expectativas para a alta do IPCA no próximo ano batendo em 6% e 5% em 2017, movimento que vai de encontro ao objetivo do Banco Central de garantir expectativas na meta no final do próximo ano.

A pesquisa Focus do BC divulgada nesta terça-feira mostrou ainda que a estimativa para a Selic no final do ano que vem voltou a subir, apesar de a previsão para a contração da economia, em especial da indústria, piorar em 2016.

A projeção para a inflação em 2016 subiu pela 10ª semana seguida e agora é de 6,05%, contra 5,94% na pesquisa anterior. A meta do governo para o ano que vem é de 4,5%, com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o BC repete constantemente que seu objetivo é guiar as expectativas para o centro da meta no final de 2016.

O dólar é um dos pontos de pressão sobre a inflação. Pelo Focus, a projeção dos especialistas agora é de R$ 4,15 no final de 2016, contra R$ 4 na pesquisa anterior.

O cenário da inflação para 2017 e 2018 também piorou, chegando respectivamente a 5% e 4,7%, sobre 4,86% e 4,54% anteriormente.

Para 2015, o levantamento semanal mostrou alta de 9,70% do IPCA, com a projeção para o dólar ao final deste ano permanecendo em R$ 4.

Em setembro, o IPCA subiu 0,54%, acelerando ante alta de 0,22% em agosto e chegando a 9,49% no acumulado em 12 meses.

Em relação à política monetária, os especialistas consultados não alteraram sua visão de que a Selic vai encerrar este ano no atual patamar de 14,25%. Mas, diante das pressões inflacionárias, elevaram a projeção para o final de 2016 a 12,63% na mediana das expectativas, contra 12,50% no levantamento anterior.

Para a trajetória da taxa, os especialistas consultados continuam vendo o início da queda em julho, para 13,75%.

O Focus mostrou ainda que as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) pioraram novamente em meio ao cenário de forte crise econômica e política e deterioração da confiança dos agentes econômicos.

Agora a expectativa é de contração de 1,20% na atividade em 2016, contra queda de 1 por cento antes. Para este ano, a projeção de retração passou a 2,97%, sobre recuo de 2,85% na pesquisa anterior.

Isso diante da forte deterioração na expectativa para o desempenho da produção industrial em 2016, que passou a queda de 1%, contra recuo de 0,29% no levantamento anterior. Para este ano, a projeção para o setor é de contração de 7%, ante queda de 6,5%.

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