O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes aprovou, em assembleia no final da manhã deste sábado (25), a campanha de reposição de perdas salariais pelo avanço da inflação. Pela proposta do sindicato, a cada vez que a inflação acumulada ultrapassar 3%, será aberta uma negociação com os sindicatos patronais para uma compensação salarial.
O presidente do sindicato dos metalúrgicos, Miguel Torres, afirmou que para trabalhadores que recebem até R$ 1,5 mil, as perdas chegam a 22%. "A inflação, para nosso azar, começou a perder o controle", disse. Para os metalúrgicos, de acordo com Torres, a inflação acumulada desde o dissídio soma 3,35%.
Os trabalhadores também aprovaram que a Força Sindical ingresse com uma ação contra o governo, pedindo a correção do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) pela inflação mais um porcentual de ganho. Hoje o governo corrige o saldo do FGTS pela Taxa Referencial (TR) mais 3%, mas o indexador está zerado desde setembro do ano passado, o que significa rentabilidade real negativa. Na ação, os trabalhadores deverão pedir a volta da correção que vigorou, segundo Torres, até 1999.
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