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Os metalúrgicos da fábrica da Bosch em Curitiba reprovaram, na manhã desta sexta-feira (17), a proposta de benefícios apresentada pela empresa aos 400 funcionários que serão demitidos pela organização, em uma operação de corte de gastos. O desligamento de colaboradores é anunciado desde o começo do ano, motivado principalmente pela crise financeira mundial, que afetou a empresa.

Outros aspectos alegados pela Bosch são os custos para a adaptação ao novo padrão de motor exigido no Brasil, com menos emissão de poluentes; e a retração no mercado de motores a diesel no País.

Como medida de compensação às demissões, os trabalhadores exigem um benefício extra, além dos direitos trabalhistas pagos em um desligamento do quadro funcional comum. A proposta reprovada consiste em um salário nominal, para trabalhadores com um a 10 anos de trabalho; dois salários, para os que acumulam de 10 a 20 anos; e 10% do salário por ano trabalhado, para os com mais de 20 anos de casa.

A exigência da categoria para aceitar as demissões é que pelo menos a mesma proposta de 2009, quando foram realizadas demissões de 826 trabalhadores, seja apresentada. Na época, a empresa pagou dois salários-base para os funcionários com até 15 anos de empresa, 2,5 salários-base para os trabalhadores na faixa entre 15 a 20 anos e três salários para os com mais de 20 anos.

A votação com resultado desfavorável à empresa desta sexta-feira (17) foi realizada por 2,5 mil trabalhadores de um dos turnos da fábrica. Na planta da Bosch em Curitiba, 3,6 mil pessoas trabalham na produção de bombas injetoras para sistemas a diesel.

Prazo

Diante da negativa, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba estabeleceu um prazo para o posicionamento da direção da fábrica, com benefícios maiores, até a próxima terça-feira (21). No caso de o pacote de medidas planejadas pela Bosch ser novamente reprovado, o sindicato garante que não aceitará mais negociar as demissões; mas, sim ,um acordo de permanência dos trabalhadores. A entidade representante da categoria não descarta ainda a possibilidade de realizar paralisações na produção.

Em nota, a Bosch disse que vai analisar a contraproposta dos metalúrgicos, mas não informou quando vai dar uma resposta ao trabalhadores.

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