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O empresário Marcos Domakoski assume nesta segunda-feira (5) a presidência do Movimento Pró-Paraná, instituição criada há uma década e meia para trabalhar pelo desenvolvimento do estado. Também tomarão posse, em solenidade na Associação Comercial do Paraná (ACP), os diretores e os integrantes dos seis conselhos do movimento.

As batalhas

TRF no Paraná

Ao lado de outras instituições, o Pró-Paraná há anos reivindica um Tribunal Regional Federal aqui, para dar celeridade aos processos hoje concentrados no TRF de Porto Alegre. A batalha parecia vencida com o aval do Congresso, em junho de 2013. Mas no mês seguinte Joaquim Barbosa, ministro que presidia o STF, suspendeu liminarmente a medida. O caminho agora é derrubar a liminar com nova votação no pleno do Supremo.

Infraestrutura

Dentre as obras estruturais que o movimento elenca como fundamentais para o futuro do estado destaca-se a poligonal – área de abrangência – do Porto de Paranaguá. A mudança de traçado ampliará as possibilidades de atividades na área portuária.

Mar territorial

Os critérios do IBGE para determinar o mar territorial de cada estado não favorecem o Paraná e o Piauí, que têm costas côncavas. Os dois estados lutam pela revisão. Para o Paraná, a mudança pode render um pedaço do campo petrolífero de Tupi. Um projeto de lei neste sentido tramita no Congresso.

O Pró-Paraná nasceu embalado pela conquista dos royalties de Itaipu, compensação financeira pelo uso do potencial hidráulico do Rio Paraná para a produção de energia da hidrelétrica.

Não foi uma batalha fácil. A tese da compensação foi defendida com empenho ao longo da década de 1980 por um grupo de paranaenses liderados pelo jornalista Francisco Cunha Pereira Filho.

Em 1991, o Diário Oficial da União publicou o decreto que instituiu a Lei dos Royalties, que chegaram aos cofres locais em 1996.

A vitória impulsionou o crescimento do Paraná e inspirou o grupo a permanecer unido para dar voz ao estado no cenário nacional. Em 2001, nasceu formalmente o Movimento Pró-Paraná, tendo Cunha Pereira como primeiro presidente. O advogado, economista e professor Belmiro Valverde Jobim Castor e o empresário Jonel Chede o sucederam no cargo agora ocupado por Domakoski.

O novo presidente pretende dar sequência a causas que preparem o Paraná para as gerações futuras. Entre elas destacam-se a instalação de um Tribunal Regional Federal com sede no Paraná, a revisão do critério do mar territorial e a melhora da infraestrutura do estado (veja quadro).

Domakoski considera que o papel do movimento é ajudar a construir o futuro levando em conta as vocações naturais. “Os governos têm demonstrado grande dificuldade em estabelecer um projeto para o Paraná, por isso a iniciativa da sociedade organizada é fundamental”, diz Domakoski.

Da engenharia aos negócios

Neto de poloneses das famílias Domakoski e Sobczyk, Marcos Domakoski nasceu em Curitiba em 1953. Formou-se em Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná e trabalhou na Copel de 1974 a 1982. Com o mestrado em administração na Universidade de Edimburgo, passou a trabalhar no setor de papel e celulose, na Santa Maria e na Melhoramentos. Quando decidiu empreender, escolheu, além do papel, os ramos imobiliário e turístico. Recentemente, teve nova passagem pela Copel, desta vez como diretor de gestão empresarial da holding.

Desde 2002, Domakoski dedica-se à promoção do pacto Global da ONU – paixão despertada quando esteve em Nova York, como presidente da Associação Comercial do Paraná, na reunião em que o então secretário-geral Kofi Annan lançou os objetivos do milênio.

Casado com Uchi e pai de Bianca, Nicole e Henrique, ele gosta de passar as horas livres em Guaratuba, de preferência com a família. Em Curitiba, sua rotina começa com caminhadas matinais.

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