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| Foto: JUSTIN TALLIS/AFP

As agências de classificação de risco Standard and Poor’s (S&P) e Fitch rebaixaram em dois níveis a nota da dívida do Reino Unido nesta segunda-feira (27) por causa do “Brexit”, como ficou conhecido o resultado do plebiscito que determinou a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

No caso da S&P, o rebaixamento foi e dois níveis: de AAA para AA. O desenlace do referendo leva a um “marco político menos previsível, estável e efetivo”, disse a S&P em comunicado.

“Brexit” põe em xeque futuro econômico e político do Reino Unido

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“O rebaixamento também reflete os riscos de deterioração acentuado das condições externas de financiamento”, afirmou a agência.

“O ‘Brexit’ pode desembocar em uma piora dos resultados econômicos do Reino Unido, incluindo seu grande setor financeiro, que é um grande gerador de emprego”, explicou.

A agência também ressaltou os riscos para a “integridade constitucional e econômica” do país, por causa de um possível referendo escocês sobre a independência.

Segundo os analistas, as divisões dentro do Partido Conservador e a falta de clareza sobre o futuro comercial entre o Reino Unido e a União Europeia também pesaram na decisão.

Já a Fitch reclassificou os títulos britânicos de de AA+ para AA com perspectiva negativa, o que significa que poderá ser novamente rebaixada nos próximos meses, disse a agência.

O resultado de 52% a favor do Brexit provocou um forte abalo financeiro e político.

Em dois dias, a libra sofreu uma desvalorização de 12% em relação ao dólar.

A agência Moody’s já mudou sua perspectiva do Reino Unido para “negativa”, mas manteve sua nota em “Aa1”.

UE reafirma sua vontade de fechar acordo comercial com EUA apesar de Brexit

  • Bruxelas

A União Europeia implementará “os maiores avanços possíveis” nos próximos meses na negociação do Tratado de livre-comércio com os Estados Unidos (TTIP), afirmou nesta segunda-feira a comissária europeia de Comércio, Cecília Malstrom, dias depois da vitória do ‘Brexit’ no Reino Unido.

“Nessa situação sem precedentes, (...) somos claros e estamos unidos em nossa resposta em relação à política comercial da UE”, disse Malstrom, que ressaltou a vontade de Bruxelas de avançar e fechar as negociações comerciais abertas com seus “sócios-chave”.

“Isso é particularmente certo para nossas negociações com os Estados Unidos sobre a Associação Transatlântica de Comércio e Investimentos”, acrescentou.

As palavras de Malstrom se unem às do representante especial dos Estados Unidos para o Comércio Exterior, Michael Froman, para quem o interesse econômico e estratégico de um tratado de livre-comércio com a UE continua sendo “forte”, apesar da votação britânica a favor de sair do bloco.

Estados Unidos e UE negociam desde 2013 um amplo acordo para suprimir as barreiras aduaneiras e regulamentárias entre as duas partes.

A próxima rodada de negociações sobre o TTIP deve acontecer na segunda semana de julho, em solo europeu.

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