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Stefan Ingves, presidente do Banco Central da Suécia: medidas agressivas para evitar a deflação no país | THOMMY TENGBORG/AFP
Stefan Ingves, presidente do Banco Central da Suécia: medidas agressivas para evitar a deflação no país| Foto: THOMMY TENGBORG/AFP

O Banco Central da Suécia (Riksbank) reduziu ainda mais a taxa básica de juros, que estava em território negativo. A taxa, que era de -0,35% ao ano (a.a.), agora é de -0,5% a.a., afirmou o BC sueco nesta quinta-feira (11).

Na prática, com os juros negativos, quem emprestar dinheiro para a Suécia receberá um valor menor quando o país for saldar a dívida. E aqueles que depositarem dinheiro na caderneta de poupança esperando que ele renda, verão o valor aplicado encolher.

A taxa de juros negativa impõe uma cobrança sobre bancos comerciais quando fazem alguns tipos de depósito no banco central. Com isso, o Riksbank espera estimular os bancos a emprestar mais dinheiro, o que fomenta a economia e puxa a inflação para cima. No Brasil, a taxa básica de juros (Selic) é de 14,25% ao ano.

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A instituição informou, ainda, que está disposta a usar todas as ferramentas disponíveis na tentativa de estimular a economia, reanimar a inflação e evitar uma deflação da coroa sueca.

Deflação

A decisão do Riksbank de reduzir ainda mais as taxas de juros foi uma consequência de uma nova previsão menor para inflação, também publicada nesta quinta-feira. A autarquia revisou para baixo a projeção do índice de preços para o ano, de 1,3% para 0,7%. A votação pela redução não foi unânime, com duas das seis autoridades se posicionando contra a ação.

Nos últimos 12 meses, as autoridades suecas implementaram estímulos sem precedentes a fim de evitar uma deflação e uma apreciação da coroa sueca. Eles foram forçados a reagir como o Banco Central Europeu, que também tentar reanimar o aumento dos preços e sustentar uma expansão da Europa.

Medida agressiva

Segundo o Wall Street Journal, os mercados avaliaram a medida como mais agressiva do que o esperado. Dez de 18 analistas consultados pela Bloomberg projetavam outra queda da taxa. Apenas três esperavam um corte deste tamanho. O BC afirmou que as compras de títulos do governo continuarão segundo o planejado para o primeiro semestre de 2016 e que “se ampliarão os vencimentos da carteira de títulos do governo até novo aviso”.

“A incerteza com relação aos acontecimentos globais segue alta, a inflação é baixa e vários bancos centrais fazem uso de uma política monetária mais expansiva”, afirmou o BC da Suécia. “A política monetária sueca deve levar isso em conta. Caso contrário, corre-se o risco de a paridade da coroa se fortalecer mais rápido que o projetado, o que tornaria mais difícil de impulsionar a inflação e estabilizá-la em torno de 2%”.

O Banco Central até agora conseguiu estabilizar as expectativas de inflação para os próximos anos, enquanto o crescimento atual de preços ao consumidor continua bem abaixo da meta. Apesar da a economia sueca ter expandido a taxa anual de 3,9% no terceiro trimestre, os aumentos de preços subjacentes desacelerou para 0,9% em dezembro. Até agora, a inflação passou cinco anos abaixo da meta do banco central.

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