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Falta de preço nas vitrines foi um dos principais problemas encontrados na capital paranaense | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
Falta de preço nas vitrines foi um dos principais problemas encontrados na capital paranaense| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Falhas

Setor diz que é difícil encontrar e reter mão de obra qualificada

Diante dos resultados da pesquisa do IBRC, o consultor do SindiShopping de Curitiba, Nelson Barbalat, afirmou que o setor está sempre em busca de aperfeiçoamento, mas que o movimento aumentou muito e está difícil contratar e reter mão de obra qualificada. "Hoje em dia você terceiriza tanta mão de obra, tantos serviços que é humanamente impossível dar conta de tudo. Há uma preocupação constante de melhorar o atendimento. Mas nem sempre a gente consegue. Está difícil achar mão de obra qualificada e quando a gente consegue treinar as pessoas, elas procuram outro emprego", explica o consultor.

Se os shoppings quiserem melhorar seus índices terão de correr. O IBRC pretende repetir a pesquisa no ano que vem e incluir novos critérios, como interação com os clientes pela web, e-mail ou redes sociais, disponibilidade de wi-fi e até a disponibilidade de tomadas para carregador de smartphones e tablets. Esses quesitos precisam ser verificados porque os pesquisadores descobriram que os shoppings são hoje o ponto de encontro de muitos jovens, mesmo quando o destino final é uma festa ou a casa de outra pessoa.

Respostas

Os shoppings avaliados responderam às falhas encontradas na pesquisadas do IBRC. O único que não quis comentar foi o ParkShopping Barigui:

"Ficamos orgulhosos com a classificação, mas sabemos dos desafios para chegar à excelência. Precisamos de ainda mais comprometimento e treinamento da equipe para que o consumidor se sinta respeitado, com excelência e não dentro do conforme."

Maria Aparecida de Oliveira, gerente de marketing do Shopping Palladium.

"A gente entende a pesquisa como muito válida para quem tem esse tipo de empreendimento na cidade. Seria importante entender quais seriam exatamente os fatores de falhas do nosso shopping. Contratamos grandes empresas, que nos ajudam a garantir os melhores níveis de atendimento pelos padrões internacionais."

Flávio Lima, superintendente do Shopping Curitiba.

"É um shopping de fluxo muito grande. Quase a população inteira da cidade passa por aqui em um mês de circulação. (...) É um ponto forte do nosso shopping, mas proporciona desafios diários. A gente tem um canal de comunicação sempre aberto com os clientes e uma equipe dedicada."

Grabrielle Zaniolo, superin­­tendente do Shopping Estação.

"É bom saber da pesquisa para podermos sempre melhorar. O Mueller tem 30 anos e queremos mantê-lo com características sempre jovens. Começamos um processo de revitalização, troca de piso, forro e mobiliário. Vai ser feito em três etapas, e o estacionamento deve receber melhorias no ano que vem."

Daniela Baruch, superintendente do Shopping Mueller.

"A gente se preocupa bastante com a satisfação do cliente e vai usar essa pesquisa como ferramenta para melhorias. A gente presa muito pelos serviços, limpeza e segurança, a equipe é treinada constantemente (...) É um shopping que tem um público exigente."

Raphaela Lopes, gerente de marketing do Crystal Plaza.

Os maiores shoppings de Curitiba "reprovaram" nos testes do Instituto Ibero-brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC). Durante um mês um grupo da entidade visitou seis dos principais dos estabelecimentos da capital paranaense – Palladium, Shopping Curitiba, ParkShopping Barigui, Shopping Estação, Shopping Mueller e Shopping Crystal Plaza – e não classificou nenhum como excelente, a categoria máxima da pesquisa. Os três primeiros da lista foram considerados "conforme" e os três últimos, "não conforme".

INFOGRÁFICO: Confira o Ranking dos shoppings de Curitiba

Pela metodologia da avaliação, realizada também em outras cidades do país, as notas variam de 0 a 100%, sendo que de 0 a 79% os estabelecimentos são considerados "não conformes", de 80% a 89% "conformes" e de 90% a 100% de "excelência".

Os auditores analisaram a qualidade de vários itens como sinalização, organização, limpeza e segurança, e a pontuação foi baseada em padrões internacionais. O comitê gestor da pesquisa contou com membros da Fecomércio, da Associação Comercial do Paraná (ACP) e do Procon-PR.

A principal conclusão da pesquisa foi que a estrutura oferecida pelos shoppings da capital paranaense é muito boa, mas que os serviços prestados carecem de bons profissionais, entre outras falhas. "A grande questão é que shopping não é mais um lugar aonde as pessoas vão apenas para comprar. É um espaço de convivência", afirma o presidente do IBRC, Alexandre Diogo.

Os banheiros apresentaram uma série de problemas, recebendo uma nota geral de 71% de conformidade. Os auditores encontraram sujeira, lixeiras transbordando, urina no chão, manutenção não sinalizada e até falta de banheiros em andares inteiros.

O quesito segurança foi considerado adequado pelos avaliadores, mas em várias visitas eles encontraram funcionários sem crachá de identificação. "As pessoas têm medo quando o segurança não está identificado. Parece bobagem, mas faz muita diferença porque não tem como saber se aquele é mesmo um segurança. Muitos roubos acontecem com pessoas que se passam por funcionários do shopping", explica o presidente do IBRC.

Transparência

Outra grande falha foi a falta de preço em vitrines. O quesito recebeu nota de 8% . "Não é exclusividade de Curitiba, no Brasil inteiro falta respeito à essa regra do Código de Defesa do Consumidor. As lojas querem argumentar que classe A não se preocupa com o preço, mas lei é para ser cumprida", afirma Alexandre.

E você?

Como avalia os shoppings de Curitiba em termos de estrutura e serviços oferecidos?

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