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| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Como calcular

Saiba qual é o combustível mais econômico, conforme o seu carro e os preços cobrados pelos postos:

1 - Descubra o consumo de seu automóvel (em quilômetros por litro) com cada combustível. Uma fonte confiável é o site do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (http://bit.ly/pbe2013). A informação também pode estar no manual do veículo ou no computador de bordo, se houver. Outra alternativa é observar quantos quilômetros o carro rodou com um tanque deste ou daquele combustível.

2 - Divida o consumo do etanol pelo da gasolina. Se com etanol o veículo roda 7 km/l e com gasolina, 10,5 km/l, o resultado da conta será de aproximadamente 0,67. Isso quer dizer que, no seu carro, o álcool rende o equivalente a 67% da gasolina.

3 - Divida o preço do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for menor que 0,67, vale a pena abastecer com álcool. Se der exatamente 0,67, tanto faz o combustível. Acima disso, use gasolina. Atualmente, os preços médios em Curitiba são de R$ 2,05 por litro de etanol e R$ 2,83 pela gasolina. Como o resultado da divisão é 0,72, a gasolina é a opção mais econômica.

Aplicativo faz a conta por você

Com base nos testes do Inmetro, a Gazeta do Povo desenvolveu um aplicativo para você saber qual é o combustível mais econômico para seu carro no trânsito urbano. Basta selecionar o veículo e informar os preços da gasolina e do etanol.

O rendimento do etanol nos carros flex é, em média, 32% mais baixo que o da gasolina, tanto na cidade quanto na estrada. Por isso, em grande parte dos veículos só compensa abastecer com álcool se ele custar, no máximo, 68% do preço do combustível fóssil.

INFOGRÁFICO: Veja a evolução dos motores flex

A estimativa foi feita pela Gazeta do Povo com base em dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. Na edição deste ano, o Inmetro testou 360 modelos à venda no país, dos quais 230 bicombustíveis.

Os testes mostram que a "regra dos 70%" – pela qual o etanol deixa de ser vantajoso quando seu preço passa de 70% do valor da gasolina – não serve para a maioria dos automóveis.

Embora essa fórmula leve em conta o poder calorífico dos dois combustíveis, o fato é que cada motor flex tem uma calibragem. E a maioria privilegia o uso de gasolina. No trânsito urbano, apenas 23 modelos bicombustíveis testados pelo Inmetro conseguiram, com álcool, um rendimento igual ou superior a 70% do alcançado com a gasolina. Na estrada, 29 atingiram esse desempenho.

É importante ressaltar que um motor com baixo rendimento do álcool em relação à gasolina não é, necessariamente, "beberrão". Exemplo disso é o Renault Clio 1.0. Com ambos os combustíveis, ele foi o carro flex de menor consumo nos testes do Inmetro; mesmo assim, a eficiência do álcool nesse veículo ficou abaixo de 70% da atingida pela gasolina.

Preço em alta

Em Curitiba e boa parte do Paraná, conhecer a relação etanol/gasolina de seu carro era quase irrelevante até poucos anos atrás. Entre 2003 e 2010, o álcool foi quase sempre bem mais barato – na média desse período, ele foi vendido pelo equivalente a 61% do preço da gasolina.

De 2011 para cá, no entanto, o encarecimento do etanol tornou a gasolina mais competitiva. E, mesmo com os aumentos recentes, ela ainda é a opção mais econômica.

A relação entre os dois combustíveis está em aproximadamente 72%, o que faz com que, no trânsito urbano, o álcool seja vantajoso para apenas quatro carros – dois modelos do Ford Fiesta hatch e dois do Kia Picanto, veículos em que o etanol tem melhor rendimento relativo.

Com o avanço da colheita da safra de cana, esse porcentual tende a diminuir nas próximas semanas, restabelecendo – ao menos por um tempo – a vantagem do combustível vegetal.

Consumo em baixa

Nos últimos anos, a perda de competitividade derrubou o consumo de etanol. Em 2012, foram vendidos 9,9 bilhões de litros no país, 40% abaixo do recorde alcançado três anos antes. Em compensação, a demanda por gasolina avança sem freios: cresceu 56% desde 2009 e, no ano passado, beirou os 40 bilhões de litros.

Eficiência

O Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular é conduzido pelo Inmetro, que, em testes de laboratório, mede o consumo de combustíveis e a emissão de poluentes de veículos à venda no país. Para simular situações reais de uso, o Inmetro usa um fator de ajuste que "embute" no resultado final aspectos como qualidade do combustível, estado dos pneus, uso de ar-condicionado, conservação de vias e diferentes maneiras de dirigir. A adesão das montadoras ao programa é voluntária – os 360 modelos testados em 2013 correspondem a 83% do mercado.

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