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Na corrida para ter o primeiro serviço pago de transporte autônomo de pessoas e mercadorias, o Google saiu na frente. A companhia obteve na semana passada a licença para começar a cobrar pelas futuras viagens que vierem a ser realizadas pelos seus carros autônomos no estado do Arizona, nos Estados Unidos. A expectativa é que o serviço, em fase de testes, seja oferecido comercialmente ainda em 2018.

Outras companhias como os aplicativos de transporte Uber, Lify e Didi e as montadoras Ford, General Motors e Toyota também investem em produtos semelhantes. Todas elas querem usar carros autônomos para transportar pessoas e/ou mercadorias e, com isso, ganhar dinheiro com a prestação desse serviço.

Confira como está a disputa:

Google e Fiat Chrysler

A Waymo, divisão de carros autônomos da Alphabet, holding que controla o Google, conseguiu na semana passada a licença para começar a cobrar por futuras viagens que vierem a ser realizadas pelos seus carros autônomos no estado do Arizona, nos Estados Unidos. Essa permissão autoriza a frota de carros da empresa a buscar e transportar passageiros através de aplicativo ou site. Ela operará, portanto, da mesma forma que os aplicativos Uber e Lyft, com a diferença de que não terá motoristas parceiros.

O serviço já está em fase de testes pela Waymo na região de Phoenix, no estado do Arizona, nos Estados Unidos. Ele é feito através de minivans autônomas produzidas em parceira com a Fiat Chrysler. A tecnologia de navegação autônoma é o sistema Lidar, desenvolvido pela divisão de carros autônomos do Google.

A expectativa é lançar o serviço comercialmente ainda neste ano.

Ford e Lyft

A Ford anunciou no início do ano uma parceria com o aplicativo de transportes Lyft, com a empresa de entregas Postmates e com a rede de pizzaria Domino’s Pizza para lançar o serviço de transporte de pessoas e entrega de encomendas e alimentos através de carros autônomos.

Inicialmente, o projeto deve se concentrar no transporte de encomendas entre empresas de todo o porte. A ideia é que os veículos autônomos possam pegar várias encomendas e entregar em diversas empresas em uma única viagem, o que rentabilizaria o negócio, pois manteria os carros ocupados e em movimento constante.

“Sempre que você não está carregando bens ou pessoas, você não está ganhando dinheiro”, disse Jim Farley, presidente dos mercados globais da Ford, ao apresentar o projeto durante uma feira de tecnologia em Las Vegas.

Depois, esses mesmo veículos podem ser usados para o serviço de entrega de mercadorias e para transporte de pessoas.

Os carros autônomos são híbridos e produzidos pela Ford em parceria com a Lyft, que entra com o aplicativo e a plataforma de inteligência artificial para gerenciar os pedidos e os deslocamentos do carro. Já a Postmates e a Domino’s Pizza pretendem utilizar os carros autônomos para fazer entregas a clientes.

Os testes começam neste ano e devem ser feitos, inicialmente, com motoristas humanos dentro dos carros. O objetivo da Ford é lançar seus próprios veículos autônomos até 2021.

Uber

O aplicativo de transportes Uber é um dos interessados em ser o primeiro ao lançar um serviço de transporte de passageiros autônomos. A empresa já desenvolveu uma tecnologia própria de navegação autônoma e agora faz parcerias com montadoras, caso da Volvo, para produzir veículos autônomos capazes de transportar passageiros.

O CEO do aplicativo, Dara Khosrowshahi, afirma que o serviço será disponibilizado gradualmente a partir de 2019. A companhia já faz testes São Francisco, Pittsburgh e no Arizona, todos nos Estados Unidos, e pretende lançar o serviço nessas e em outras regiões do país. Mas os carros autônomos estarão disponíveis inicialmente apenas para trechos considerados 100% seguros.

Depois que a tecnologia e a infraestrutura estiverem mais madura, o aplicativo quer expandir o serviço para todas as regiões.

General Eletrics

A General Eletrics (GM) aproveitou a CES 2018, uma feira de tecnologia que acontece anualmente em Las Vegas, para divulgar que pretende lançar o serviço de táxi autônomo nos Estados Unidos em 2019. A companhia vai usar o seu veículo elétrico Bolt para prestar o serviço, fazendo as adaptações necessárias para que ele tenha direção autônoma. A previsão é produzir 2,5 mil modelos Bolt com direção autônoma neste ano, todos posteriormente usados para o serviço pago de transporte de passageiros.

A montadora já solicitou a estados americanos autorização para produzir e depois rodar com os veículos elétricos autônomos. A ideia é prestar o serviço em sete estados dos Estados Unidos ainda em 2019. Testes já estão sendo feitos em São Francisco. A GM ainda não detalhou como será feita a comunicação entre o passageiro e o veículo.

O projeto tem a parceria da startup Cruise Automation. A startup desenvolveu uma tecnologia de navegação autônoma e foi comprada por mais de US$ 1 bilhão pela GM em 2016.

Toyota

A Toyota é mais uma montadora que está investindo em veículo elétrico autônomo. Ela vai produzir o e-Palette, um carro que será adaptado para transporte de pessoas e encomendas. O serviço de transporte será prestado por terceiros, sendo a Toyota somente a fornecedora dos veículos.

A montadora quer produzir três versões do e-Palette. A primeira seria similar a um ônibus, a segunda a uma minivan e o terceiro um veículo pequeno o suficiente para andar em calçadas ou trechos com pouca largura. A ideia é se posicionar como uma fornecedora de veículos elétricos autônomos customizáveis.

O objetivo é que os primeiros e-Palettes estejam disponíveis em 2020. Já fecharam parceria com a montadora para o desenvolvimento do projeto os aplicativos de transporte Didi e Uber, a fabricante de veículos Mazda e a varejista Amazon e a rede de pizzarias Pizza Hut.

Didi

No início deste mês, o aplicativo de transportes chinês Didi apresentou pela primeira vez o seu carro autônomo. A companhia, que domina o mercado chinês e agora está entrando em mercados com predomínio da Uber, como é o caso do Brasil, afirmou que o seu objetivo é lançar um serviço de transporte autônomo nos próximos anos.

Ela, porém, não abriu mais nenhum detalhe do projeto, como quem desenvolveu o veículo e qual a tecnologia de navegação autônoma utilizada. A empresa também não falou em prazos, nem se o projeto já está em fase de testes. Por enquanto, corre por fora.

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