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Vista aérea da região onde será instalado (à dir. na foto) o Tijucas Marine Center (TMC) | Divulgação/TMC
Vista aérea da região onde será instalado (à dir. na foto) o Tijucas Marine Center (TMC)| Foto: Divulgação/TMC

Para aproveitar a localização privilegiada, com 13 quilômetros de orla, o poder público e a iniciativa privada querem transformar o município catarinense de Tijucas, na região da Grande Florianópolis, em um polo náutico. O projeto começa a sair do papel em 2018 com o início da construção do Tijucas Marine Center (TMC), uma área de 804 mil metros quadrados que será transformada em um complexo náutico. O objetivo é que o empreendimento gere 4 mil empregos diretos e transforme a economia da região para que ela volta a viver do mar.

A ideia de transformar Tijucas em um polo náutico começou em 2013, a partir da adaptação da legislação municipal para permitir a instalação de empresas relacionadas ao setor náutico e também da criação de incentivos fiscais para atrair negócios do setor. O objetivo foi aproveitar a extensa área à beira mar e à beira rio da cidade para impulsionar a vinda de empresas náuticas e também para explorar comercialmente e turisticamente a região.

O primeiro grande empreendimento desse projeto começa a ganhar forma no próximo ano. Será o Tijucas Marine Center (TMC), uma área de 804 mil metros quadrados entre as foz dos rios Santa Luzia e Tijucas que será transformada para receber estaleiros, indústrias, fornecedores, lojas, hotéis, centro de estudos e museu relacionados à área náutica. O empreendimento é privado e foi idealizado pelo empresário Álvaro Ornelas em parceria com investidores, principalmente do setor imobiliário.

A primeira etapa da construção começa no primeiro trimestre de 2018 e vai preparar a área para receber indústrias e comércio e para construir uma marina, ou seja, um local para atracação de barcos. As obras incluem dragagem do rio Santa Luiza e a estruturação de um total de 137 terrenos com metragens de 1 mil a 30 mil metros quadrados. A previsão a primeira fase seja finalizada em 24 meses e o investimento de infraestrutura básica deve custar entre R$ 12 milhões e R$ 14 milhões.

Em paralelo às obras, já começou o processo de atração de empresas para o complexo. A Marine Express, uma fornecedora global de equipamentos náuticos, vai abrir uma loja no local. A companhia não releva o valor do investimento, mas um galpão comercial náutico de grande porte chega a custar até R$ 50 milhões.

Além da Marine Expresse, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e a Quasar Design University, universidade italiana com sede em Roma, assinaram um convênio para a implantação de um Centro de Design Náutico no local, com foco em capacitar profissionais para atuar nas empresas da região. Os cursos começam a ser oferecidos em 2018, no campus que a Univali já tem em Tijucas, e o Centro de Design será construído no complexo depois. O terreno será doado pelo TMC e a construção será bancada pelas universidades.

Outro empreendimento que já confirmou presença no TMC é o Museu do Mergulho. O espaço cultural faz parte uma parceira do complexo com a ONG francesa Planeta d’O, do mergulhador Pierre Passot, e será custeado por investidores. A previsão é de que o museu comece a ser construído em 2019, com previsão de finalização das obras em até 36 meses. Além de ser um museu, o espaço abrigará a sede do Instituto Anjos do Mar, ONG de resgate marinho.

Depois de finalizada a primeira fase de construção, o Tijucas Marine Center vai começar a erguer as dársenas, estruturas capazes de movimentar barcos de até 120 pés com 150 toneladas e que vão fazer parte da marina de serviços do local. A primeira dársena começa a ser construída em 2019 e, até 2020, é esperado que outras três estejam prontas, assim como toda a marina.

O empreendimento quer contar, ainda, com hotéis, lojas e restaurantes para movimentar comercialmente e turisticamente o local. “Queremos criar em Tijucas o conceito de ‘one stop point’, ou seja, onde se produz, vende, faz test-drive, compra e guarda um barco tudo na mesma região”, diz Ornelas, sócio e diretor do projeto. Ele também espera atrair estaleiros de Curitiba, São Paulo e outras regiões do país para o TMC.

Além do complexo (TMC), a construção de condomínio residencial à beira rio, chamado de Gold River Residence, e a atração do estaleiro Top Linha, que antes estava em Palhoça, na região da Grande Florianópolis, também são ações que fazem parte do projeto de transformar Tijucas em um polo náutico.

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