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Concorrentes acirram guerre de preços com Walmart.  | Patrick T. FallonBloomberg
Concorrentes acirram guerre de preços com Walmart. | Foto: Patrick T. FallonBloomberg

O Walmart continua sendo - e de longe - a maior rede varejista do mundo. A companhia também é a maior empresa em termos de faturamento dos Estados Unidos. Ela faturou no ano passado US$ 485,9 bilhões e teve um lucro de US$ 13,6 bilhões. 

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Mas, apesar dos dados positivos e da hegemonia nos Estados Unidos e em seu setor, o Walmart não é invencível. As varejistas alemãs Aldi e Lidl ajudaram a expulsar a concorrente americana da Alemanha e agora estão expandindo de forma agressiva pelo mundo, inclusive para os Estados Unidos, terra do Walmart.

Há, ainda, a Amazon, cujo lema é ser a “loja de tudo”. A empresa é o maior comércio eletrônico dos Estados Unidos e, em valor de mercado, já superou o Walmart, o seu concorrente físico. Agora, se prepara para atacar o Walmart também nos pontos físicos ao ter anunciado recentemente a compra da rede de supermercados Whole Foods Markets.

O Walmart também sente que sua hegemonia está ameaçada e começa a dar respostas à rápida intensificação da concorrência. Seis anos depois de ter atualizado os seus fornecedores de carne, a rede renovou novamente o seu cardápio: a empresa passou a trabalhar somente com carne do tipo angus certificado em todo os Estados Unidos. Os cortes de qualidade superior estão disponíveis em todas as 4,7 mil lojas do Walmart no país desde março deste ano.

O Walmart também quer seduzir os consumidores americanos ao oferecer a opção de retirar as encomendas feitas on-line em guichês colocados na rua e tem melhorado a qualidade de seus alimentos frescos. 

Na área de vendas on-line, a varejista comprou a Jet.com no ano passado por US$ 3,3 bilhões e conseguiu, com a aquisição, ampliar o número de itens em seu site de 35 milhões para 50 milhões. 

As concorrentes

Mas as estratégias podem não ser suficientes para barrar o ímpeto dos concorrentes. A Amazon, por exemplo, tem 350 milhões de itens em seu site e mais de dois milhões de vendedores cadastrados, o que lhe garante a hegemonia no setor americano de comércio eletrônico.

E agora a companhia parte para o mundo físico. A Amazon percebeu que a cadeia de distribuição para livros, eletrônicos e outros bens duros não era adequada para alimentos perecíveis. O sistema utilizado também não satisfazia os clientes que desejam escolher suas frutas e vegetais à mão, em vez de usar um navegador web.

A empresa, então, comprou a Whole Foods Markets, varejista que controla 1,21% do setor de supermercado dos Estados Unidos e que dominou o mercado de orgânicos e alimentação saudáveis no país ao contar com uma cadeia de 1,4 mil fazendas locais produtoras e fornecedoras.

Outra forte concorrente a incomodar o Walmart é a Lidl. A empresa alemã abriu dez lojas nos Estados Unidos neste ano e planeja abrir mais 80 ao longo do próximo ano. E por que ela ameça tanto a companhia americana? Pelos seus preços baixos.

De acordo com pesquisa do Jefferies Group, os preços da Lidl são 9% mais baratos do que o Walmart, conhecido por praticar os menores preços do mundo. E a empresa alemã promete chegar em itens até 50% mais baratos. A companhia já mexeu com o mercado britânico quando entrou no país e criou, entre as companhias locais, uma guerra de preço.

Ela consegue praticar um preço mais baixo do que o Walmart, segundo o Business Insider, porque conta com 90% dos produtos de marca própria, conseguindo assim controlar os custos. A empresa também aposta em uma variedade limitada de produtos para dar maior poder de ganho aos seus fornecedores. As suas lojas também são pequenas e os custos, idem. 

A Aldi é outra cadeia alemã a bater de frente com o Walmart. A companhia anunciou que vai abrir 900 lojas nos Estados Unidos nos próximos quatro anos. A empresa, que chegou aos Estados Unidos em 1976, já tem 1,6 mil estabelecimentos espalhados por 35 estados do país. 

Ela segue a mesma linha da sua concorrente natal: lojas menores, marcas próprias e variedade limitada de produtos. A sua missão é oferecer produtos 21% mais baratos do que os concorrentes, o que inclui a Lidl e o Walmart.

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