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A nova redação da Gazeta do Povo, no Tarumã. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
A nova redação da Gazeta do Povo, no Tarumã.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Se na vida de uma pessoa chegar aos 99 anos depende de uma dose de sorte e alguma prudência, na empresarial, há que se ter coragem. Neste sábado (3), o jornal que nasceu em 1919 com apenas seis páginas completa seu 99.º aniversário batendo recordes de audiência. É o início da contagem regressiva para o primeiro centenário de uma história escrita linha a linha com inovação, compromisso e bom jornalismo.

E essa “senhora” chega à nova idade com muito fôlego. A Gazeta do Povo nunca foi tão lida. Em janeiro de 2018, o jornal atingiu um recorde histórico: foram mais de 12,8 milhões de browsers únicos (grosso modo, computadores e smartphones diferentes) acessando os conteúdos do jornal no mês. É uma cifra que confirma um movimento ascendente. Em 2017, a média mensal de usuários únicos lendo a Gazeta foi de 9,9 milhões browsers, um crescimento de 43% em relação à média de 2016.

Ao fim do ano passado, ainda, a Gazeta do Povo se posicionou entre os quatro principais Quality Papers do Brasil, um conceito para definir jornais de cobertura séria, não enviesados ao popular. Tal crescimento também é refletido na fidelidade dos leitores. Em 2017, foram feitas 23.637 novas assinaturas – crescimento de 180% em relação a 2016. A Gazeta do Povo encerrou o ano com mais de 50 mil assinantes.

São números que premiam a postura arrojada do jornal, que apostou na vanguarda, sem abandonar a essência do bom jornalismo. Em junho de 2017, a Gazeta do Povo iniciou a maior transformação de sua história. Concentrou a distribuição do conteúdo no ambiente digital, sobretudo em aparelhos celulares. Com isso, encerrou a edição impressa diária que circulava há 98 anos. Um novo produto veio ao mercado: o impresso semanal, mais robusto e diferente em sua abordagem jornalística.

“Tínhamos a percepção de que havia um público carente de referências, carente de uma visão de mundo como a apresentada pela Gazeta. Isso se reforça mês a mês. E mostra também que hoje nós temos um produto muito versátil e ao mesmo tempo coeso”, defende Leonardo Mendes Júnior, diretor de Redação. “A gente atingiu um grande número de pessoas com um conteúdo totalmente nacional, mas também mantivemos a forte referência do conteúdo local. Era uma preocupação que nós tínhamos e temos, desde a virada, de oferecer ao nosso leitor o que ele precisa saber aqui do quintal de casa, mas também do que acontece no Brasil e no mundo, mas tem impacto pra ele”, aponta.

Se o reconhecimento do leitor não tardou, o do mercado publicitário também veio com velocidade. Em dezembro, o jornal foi vencedor da premiação do Top de Marketing do Paraná na categoria Comunicação. “As mudanças ousadas da Gazeta do Povo demonstram que alguns empresários estão preparados para esse novo momento. As empresas do setor estão tendo que se reinventar e a Gazeta do Povo está fazendo isso”, afirmou na ocasião o presidente da ADVB-PR (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), responsável pela premiação, Eduardo Jaime Martins.

Mas o compromisso com a audiência tem um motivo. “O principal é ter muita clareza do nosso papel na sociedade. A missão da Gazeta do Povo é contribuir, por meio da comunicação, o desenvolvimento da nossa terra e da nossa gente. O propósito da Gazeta é dar poder às pessoas para que elas sejam capazes de transformar o mundo à sua volta. São nortes que independem de plataforma. Então ter muito claro esse norte nos protegerá das tentações comuns do meio digital, onde está focada nossa operação, como busca desmedida pelo clique, proliferação de notícias falsas etc., e nos manterá na trilha do bom jornalismo”, defende Mendes Júnior.

E o objetivo vem sendo cumprido. No Natal, a Gazeta do Povo publicou seu relatório de impacto, que mostra os efeitos benéficos que as reportagens produzidas pelo jornalismo da casa tiveram. Após uma série de denúncias publicadas no jornal, para citar um exemplo, a UFPR foi condenada a devolver R$ 16,4 milhões aos cofres públicos referentes a convênios irregulares com órgãos como Dnit. Tais benefícios não estão somente nos níveis macro, mas no cotidiano das pessoas . “Tem um exemplo que eu sempre conto, porque é maravilhoso. Nós publicamos ano passado um artigo em primeira pessoa, via Washington Post, nosso fornecedor de conteúdo, de uma mãe de um filho autista. Como era a rotina dele em sala de aula. O Ler e Pensar permitiu que esse texto fosse levada a uma sala de aula em Campina Grande do Sul, onde uma professora usou para integrar um aluno autista à turma. Ou seja, nós conectamos a história de vida de uma família americana à história de um jovem brasileiro e seus colegas, que certamente passarão a ter uma convivência muito mais próxima a partir daquele trabalho”, exemplifica o diretor de Redação.

Para Mendes Júnior, a publicação de tal relatório é fundamental para que “leitor, assinante e anunciante recebam uma prestação de contas do jornalismo em que ele está investindo, que ele ajuda a manter”.

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