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Mascote do Android. | mammela/Pixabay
Mascote do Android.| Foto: mammela/Pixabay

Uma investigação do site Quartz constatou que o Google vinha coletando dados de localização de usuários do Android mesmo quando o GPS e outros serviços relacionados estavam desligados. De acordo com a publicação, “o Google tinha acesso a dados de localização e movimentos dos indivíduos que iam além das expectativas mais razoáveis do consumidor em relação à privacidade”.

A prática teve início em janeiro de 2017. Uma atualização no serviço Firebase Cloud Messaging fez com que ele passasse a coletar códigos gerados pela comunicação entre um celular Android e antenas das operadoras móveis. Por triangulação, é possível determinar, com alguma precisão, a localização do usuário. 

Esse serviço, o Firebase Cloud Messaging, é padrão no Android e impossível de ser desinstalado ou desativado, é responsável por gerenciar as notificações e mensagens do aparelho. 

Especialistas consultados condenaram a estratégia e o fato dela ter sido implementada na surdina. “É estranho que isso não seja opcional”, disse Matthew Hickey, especializa em segurança da Hacker House, uma empresa de segurança de Londres. “Parece bastante invasivo por parte do Google coletar esse tipo de informação, que só é relevante para operadoras, quando não há um chip instalado ou serviços [de localização] ativados”. 

A reportagem da Quartz descobriu que mesmo quando o celular era restaurado às configurações de fábrica, ou seja, sem qualquer aplicativo, e com os serviços de localização desativados, os dados continuavam sendo compartilhados. Mesmo sem um chip de operadora o envio ocorria, desde que o celular estivesse conectado à internet via Wi-Fi. 

Contatado, o Google disse, por meio de um porta-voz, que “em janeiro deste ano, começamos a observar os códigos das Cell Ids como um sinal adicional para aumentar a velocidade e o desempenho da entrega de mensagens. Entretanto, nunca incorporados as Cell Ids em nossos sistemas de sincronização em rede, então esses dados eram imediatamente descartados”. 

Apesar da declaração, o Google afirmou que, após o contato da Quartz, cessou a coleta desses dados.

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