Hackers pedem “resgate” para não vazar novo Piratas do Caribe

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A pirataria em Hollywood ganhou novas características: sequestros de filmes e séries ainda não lançados e chantagens com os estúdios para eles não serem vazados. A vítima da vez é o novo longa da franquia Piratas do Caribe, dos estúdios Disney.

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Segundo o site The Hollywood Reporter, o CEO da Disney, Bob Iger, avisou os funcionários da empresa de que hackers alegaram ter obtido uma cópia de alta qualidade do filme e agora exigem o pagamento de um “alto valor” em Bitcoins para não vazá-lo. Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar estreia no Brasil no dia 25 de maio e, nos Estados Unidos, um dia depois (26). 

Os hackers ameaçam, caso não recebam o pagamento, liberar os cinco minutos iniciais do filme e, em seguida, trechos de 20 minutos até que o filme todo seja disponibilizado ou o pagamento, feito.

Iger teria dito que a Disney não pagará e que trabalha com investigadores federais para descobrir quem são os criminosos. 

Precedentes 

Outra reportagem do The Hollywood Reporter diz que problemas do tipo são recorrentes em Hollywood, mas pouco divulgados devido à dinâmica da indústria – parceiros diversos trocam conteúdo sensível e inédito com frequência e nem todos têm a mesma qualidade na segurança desses materiais.

O caso do novo Piratas do Caribe é o segundo do tipo em menos de um mês. No final do ano passado, o coletivo hacker TheDarkOverlord conseguiu entrar na rede de um estúdio de pós-produção, o Larson Studios, e copiar vários episódios ainda inéditos de várias séries televisivas. 

Em abril, eles ameaçaram divulgar episódios da quinta temporada da série Orange is the New Black, da Netflix, que tem lançamento previsto para 9 de junho. Os hackers exigiram o pagamento de 50 Bitcoins, o equivalente a R$ 264 mil, para não vazarem o material. A Netflix ignorou a ameaça e dez episódios da série foram liberados na Internet no final de abril.