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| Foto: Embraer/Divulgação

A Embraer afirmou nesta segunda-feira (22) que não há garantias de que a possível combinação de negócios com a Boeing venha a ser concretizada e, por isso, sequer há uma definição sobre a estrutura ou desenho do acordo que pode vir a ser feito entre as duas fabricantes.

As declarações foram em resposta ao questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a notícia que a Boeing está preparando um nova proposta para ter a Embraer, mantendo a “golden share” do governo brasileiro e avaliando a empresa entre US$ 5 e US$ 6 bilhões.

“Reitera a Embraer, contudo, que não há garantia de que a pretendida combinação de negócios venha a se concretizar e, por tudo isso, tampouco é possível definir que estrutura ou desenho [em uma eventual combinação de negócios]”, diz a empresa em comunicado.

A companhia completa: “Em relação à suposta avaliação da companhia, a Embraer esclarece que não possui neste momento elementos para manifestar-se sobre esse tema, uma vez que, como mencionado acima, nesta data não há sequer definição sobre a estrutura ou desenho para a pretendida eventual combinação de negócio”.

Empresas tentam encontrar estrutura que agrade a todos

Segundo a Embraer, a fabricante brasileira e a Boeing têm mantido conversas com o objetivo de encontrar uma estrutura de combinação de negócios que atenda o interesse comum de ambas as companhias e de seus acionistas e, no caso da Embraer, a “golden share” do governo e o interesse da segurança nacional. A União tem uma ação especial, chamada de “golden share”, herança da privatização, que lhe dá direito a veto sobre decisões estratégicas, como troca de controle acionário e criação ou interrupção de projetos militares.

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A Embraer destaca, ainda, que o governo brasileiro, “tem buscado obter um maior aprofundamento acerca da questão [possível combinação de negócios entre Embraer e Boeing]”. A empresa diz, também, que o governo vem adotando um “enfoque construtivo” nas conversas.

A declaração tem um tom diferente da adotada na semana passada, quando a Embraer disse que não ia comentar declarações públicas do governo brasileiro. O governo tem se posicionado publicamente contra a venda do controle acionário ou fatiamento da Embraer por questões de “soberania nacional”.

Entenda o caso

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