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Sede da subsidiária norte-americana da Broadcom, em Irvine, Califórnia. | Wikimedia Commons
Sede da subsidiária norte-americana da Broadcom, em Irvine, Califórnia.| Foto: Wikimedia Commons

A Broadcom, fabricante de semicondutores e eletrônicos, fez, nesta segunda-feira (6), uma proposta não solicitada de aquisição da rival Qualcomm no valor de US$ 130 bilhões, valor que já contempla dívidas da Qualcomm avaliadas em US$ 25 bilhões. Se o negócio for concretizado, será a maior aquisição da história na área da tecnologia. 

A proposta da Broadcom corresponde a US$ 70 por ação da Qualcomm (US$ 60 em dinheiro e US$ 10 em ações da Broadcom), um prêmio de 28% sobre o preço no fechamento do pregão na última quinta-feira (2). O presidente da Broadcom, Hock Tan, disse no comunicado à imprensa que “a proposta é interessante para acionistas e partes interessadas nas duas empresas”, e que o negócio “posicionará a empresa resultante como uma líder global de comunicações com um portfólio de tecnologias e produtos impressionante”. 

A proposta se manterá independente do desfecho de outra, feita pela Qualcomm, pela aquisição da NXP, fabricante de semicondutores baseada na Holanda que, originalmente, era uma divisão da Philips. O valor deste negócio é de US$ 38 bilhões. 

De acordo com o Financial Times, a aquisição, que ainda depende de aceitação da Qualcomm e está sujeita à aprovação dos órgãos reguladores, resultaria em uma empresa com valor de mercado de US$ 200 bilhões. 

A aquisição pode ter a ver, ainda, com a intenção da Broadcom em retornar a sua sede aos Estados Unidos, plano anunciado na última quinta (2). Em 2015, a fabricante norte-americana Avago Technologies adquiriu a Broadcom por US$ 37 bilhões, dando origem a uma nova empresa, Broadcom Limited, com sedes em San José, na Califórnia, e em Singapura. O plano, de acordo com o Axios, tem por objetivo promover uma reforma tributária nas contas da empresa e facilitar futuras fusões e aquisições.

A Broadcom desenvolve e fabrica chips usados em smartphones e também atua em infraestrutura de telecomunicações. Já a Qualcomm, sediada em San Diego, na Califórnia, fornece chips de comunicação e processadores para diversas fabricantes, como Apple e Samsung, além de faturar com o licenciamento de seu vasto portfólio de patentes. 

A Qualcomm está envolvida em uma intrincada série de batalhas judiciais com a Apple, nos Estados Unidos, por quebras de contrato, vazamento de propriedade intelectual e pagamento de royalties.

Atualizada às 12h50 com informações sobre a dívida da Qualcomm e correção da sede da Avago Technologies.

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