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Ícone do Nubank e do Bradesco. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Ícone do Nubank e do Bradesco.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

O Nubank enviou uma representação ao Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) contra os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Caixa e Banco do Brasil. A fintech acusa os cinco bancos de práticas que têm dificultado a livre concorrência no mercado. O Cade entendeu que as denúncias procedem e, a partir da representação, abriu um inquérito para investigá-las.

Entre as alegações do Nubank, estão a de que os bancos citados não autorizam que correntistas coloquem a fatura do cartão de crédito do Nubank no débito automático, restringem o acesso a informações como identificação do remetente em depósitos e pagamentos e não disponibilizam extratos no mesmo dia e serviços de banco liquidante. As informações são do Valor Econômico.

Em nota, o Nubank informou que “confia que as autoridades reguladoras continuarão a proteger a competitividade no setor, garantindo que novos entrantes continuarão a ter espaço para inovar e oferecer mais e melhores opções para as pessoas”. O pedido será publicado no Diário Oficial da União nos próximos dias.

O pedido também acusa o Itaú de assediar funcionários estratégicos do Nubank em um curto espaço de tempo. Ao todo, 11 funcionários teriam recebido mensagens de um analista sênior do Itaú em um intervalo de dez dias com solicitações de currículos, caso estivessem interessados em novas posições em tecnologia. A fintech afirma que essas pessoas são desenvolvedoras com conhecimento em tecnologias proprietárias do Nubank.

O processo, de acordo com uma fonte ouvida pelo Valor, pode levar até três anos para ser julgado. Caso sejam condenados, os bancos terão que cessar as práticas prejudiciais à livre concorrência e pagar uma multa, que varia de 0,1% a 20%.

O Itaú enviou o seguinte posicionamento:

“O Itaú Unibanco, em seus mais de 90 anos de história, sempre se pautou pela livre iniciativa e entende que a competição é positiva não só para o sistema financeiro, mas para todo o país. O banco refuta qualquer acusação de promover barreiras que dificultem a atividade de novos agentes de mercado e acrescenta que apresentará sua manifestação ao órgão de concorrência no devido prazo, confiante de que suas condutas serão consideradas legitimas.”

Matéria atualizada às 11h com o posicionamento do Itaú.

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