• Carregando...
Tiago Dalvi, Ceo e fundador do Olist | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Tiago Dalvi, Ceo e fundador do Olist| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Com 2,3 mil lojistas parceiros e cerca de 130 mil produtos, a empresa curitibana Olist já é uma das maiores lojas virtuais dentro dos principais marketplaces do país. Ela está presente dentro dos sites do Mercado Livre, Walmart, B2W (Submarino, Americanas e Shoptime), Via Varejo (Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com) e Amazon vendendo produtos de micro, pequenos e médios lojistas de várias partes do país e de diversos segmentos. O modelo de negócio vem garantido à companhia taxas de crescimento de até dez vezes ao ano e a aproximando do objetivo de ser a maior loja virtual dos principais marketplaces em atuação no Brasil.

LEIA MAIS: Por que grandes lojas recorrem a marketplaces de terceiros?

O Olist começou em fevereiro de 2015 de olho em um formato que está em plena ascensão no país: o marketplace, conhecido também como shopping virtual. Nesse modelo, grandes empresas que já têm um e-commerce abrem o seu site para que lojistas terceiros anunciem e vendam seus produtos dentro dele, em troca de uma comissão. É o que faz há mais de dez anos o Mercado Livre e mais recentemente B2W, Via Varejo e Magazine Luiza.

Mas, para vender dentro do um marketplace, o processo não é tão simples. O lojista precisa ter um e-commerce próprio ou um integrador para conseguir se integrar ao marketplace e poder anunciar e vender seus produtos. Além disso, precisa fechar contrato e ser aprovado em cada uma das empresas. Com isso, muitos micro e pequenos lojistas, principalmente aqueles que possuem somente lojas físicas sequer pensam em aderir ao modelo.

Foi visando essa lacuna que surgiu o Olist. A empresa possui uma plataforma própria que já está integrada aos maiores marketplaces do país. Com isso, os pequenos varejistas não precisam fechar um acordo com cada markeplace. Eles fecham um acordo com o Olist, cadastram seus produtos na plataforma do Olist e o Olist faz o trabalho de anunciar e vender o produtos desses pequenos lojistas nos marketplaces. Depois que o produto é vendido, o pequeno lojista precisa apenas empacotar e colocar o produto nos Correios para entrega. O Olist já tem também uma parceria com os Correios.

“Equilibrar qualidade e quantidade é desafio para qualquer marketplace que queira trazer um grande volume de lojistas [para seu site]. O que a gente conseguiu fazer foi automatizar esse processo de entrada, ao disponibilizar [ao marketplace] um catálogo de altíssima qualidade, com volume muito grande de produtos já curados, moderados e aprovados”, afirma Tiago Dalvi, CEO e fundador do Olist.

Uma das maiores lojas dentro dos marketplaces

O Olist anuncia cerca de 130 mil produtos de 2,3 mil lojistas nos sites do Mercado Livre, Walmart, B2W, Via Varejo e Amazon. A maioria dos lojistas parceiros é puramente off-line, ou seja, tem somente lojas físicas e usa a plataforma e a loja do Olist para vender seus produtos on-line. Os produtos anunciados são de diversas categorias, como decoração, perfumaria, cosméticos, eletroportáteis, papelaria e eletrônicos, com grande parte sendo de nicho e/ou exclusivo, justamente para não concorrer com grandes marcas.

Essa alto volume de produtos, associado a outras condições como preço baixo, frete e reputação, faz com que o Olist consiga colocar seus produtos em destaque dentro dos marketplaces, o que aumenta as chances de venda. “Temos um volume considerável dentro dos marketplace o que nos coloca em uma posição interessante para negociar uma campanha na home [capa do site], para emplacar newsletter”, afirma Dalvi.

A empresa curitibana cobra dos lojistas uma assinatura anual, que hoje está em R$ 1.159, mais uma taxa de comissão de 20% sobre o preço final do pedido, o que inclui o valor do produto vendido e o frete. Com esse modelo, já conseguiu atingir em pouco mais de dois anos de operação o break-even, ou seja, o ponto de equilíbrio financeiro e crescer a taxas de até dez vezes ao ano. Para este ano, a previsão é crescer de seis a sete vezes em relação a 2016.

A companhia recebe uma média de 300 a 350 novos lojistas por mês e cadastra cerca de 2,5 mil novos produtos por dia. Ela está em negociação para começar a vender em mais oito marketplaces e pode voltar a queimar caixa para investir mais em tecnologia e em pessoas. Atualmente, são 102 funcionários. Os fundos Redpoint eventures e Valor Capital e a aceleradora 500Startup estão entre os investidores da empresa.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]