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Primeira unidade da Petz em Curitiba será inaugurada em maio. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Primeira unidade da Petz em Curitiba será inaugurada em maio.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A Petz - a maior varejista de produtos para animais de estimação em número de lojas e segunda no ranking de faturamento, atrás apenas da rival Cobasi - vai investir R$ 80 milhões neste ano para a abertura de 16 lojas. Umas das unidades que serão inauguradas neste ano é a megaloja de Curitiba, no bairro Seminário. A inauguração está prevista para acontecer no dia 6 de maio e será a primeira unidade da Petz no estado.

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O estabelecimento de Curitiba terá 1,5 mil metros quadrados de área de venda e empregará cerca de 40 pessoas. A loja fica a poucas quadras da Cobasi, principal concorrente do segmento que inaugurou sua primeira megaloja em Curitiba no ano passado. Uma segunda loja no Paraná, provavelmente na cidade de Londrina, deve ser lançada no segundo semestre deste ano.

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A Petz tem atualmente 49 lojas e emprega 1,8 mil funcionários. Diante do bom cenário para o mercado pet, a rede decidiu ampliar os seus investimentos e inaugurar 16 unidades neste ano e contratar cerca de 500 empregados. Das lojas que estão previstas para este ano, três já foram inauguradas: em Porto Alegre, São Vicente e Rio de Janeiro. A unidade de Curitiba será a quarta estreia de 2017.

“Às vezes é constrangedor nas reuniões do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo): os colegas chegam com relatos de fechamento de lojas, demissão, acordo para redução de salários e, nós, sem dúvida, estamos em um momento bem diferente”, conta Sergio Zimerman, presidente da Petz.

Controlada pelo fundo americano Warburg Pincus, que em 2013 comprou 54% da companhia, a Petz prevê ainda pra 2019 a abertura de seu capital, a fim de reforçar a musculatura financeira.

No ano passado, a rede faturou R$ 500 milhões, um crescimento nominal de 31%. Para este ano, por conta das novas unidades, a previsão é de um crescimento de receita de 50%. Mas, na mesma base de lojas, o avanço deve ser menor, de 14%, prevê o empresário. “A média histórica da companhia é de um crescimento de 20% a 22% nas mesmas lojas. Sentimos uma desaceleração em 2016, mas continuamos crescendo a taxas muito fortes”, diz Zimerman.

Mercado

No ano passado, o varejo físico de produtos pet, tanto as superlojas como as pequenas, movimentou R$ 10,4 bilhões, com crescimento de 7,1% em relação ao ano anterior, segundo a consultoria Euromonitor. Nesse mesmo período, o varejo brasileiro como um todo teve o pior desempenho no volume de vendas em 16 anos: caiu 6,2%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre 2011 e 2016, as vendas de produtos pet aumentaram, em média, 9% ao ano. E a perspectiva até 2021 é de um avanço anual de 1,7% ao ano.

Zimerman atribui a resistência do segmento a um fenômeno mundial: a “humanização” dos animais de estimação. “O cão de estimação saiu do quintal e foi para a cama do dono”, observa o empresário. Além disso, no Brasil a utilização de itens premium, como rações especiais e antipulgas, por exemplo, é muito baixa.

Hoje, o Brasil é o quinto maior mercado em vendas de produtos pet, atrás de Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Japão. A projeção da Euromonitor é que, até 2021, o País ultrapassará Japão e Alemanha e se consolide como o terceiro maior mercado mundial.

O bom desempenho das vendas de produtos pet diminuiu, segundo pessoas do setor, o estigma que há a respeito desse segmento, tratado muitas vezes como varejo de segunda linha. A prova dessa mudança é que a rede varejista tem contratado executivos egressos de hipermercados, como Carrefour, Walmart e Pão de Açúcar.

“Somos um dos únicos segmentos do varejo com um projeto bastante consistente de crescimento. Os outros se dividem entre os varejos que estão recuando e aqueles que estão procurando se manter ou crescer um pouco.”

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